há mais de 2000 anos já se sabia!

Cuidado! Vê o que acontece se não participares. Já Platão o sabia. Quantos mais milhares de anos serão necessários para tu também o saberes?

A injusta repartição da riqueza!

Consideras justa esta repartição da riqueza? Então o que esperas para reinvindicares uma mais justa? alguém que o faça por ti? Espera sentado/a!

Não sejas mais um frustrado/a!

Não há pior frustração do que a que resulta da sensação de que não fizemos tudo o que podiamos!



Sindroma de Estocolmo? Não será de Berlim? Ou de Bruxelas? Ou de Nova Iorque?

Imaginem um sequestrador que nos empurra para um qualquer canto subterrâneo, escuro, isolado, afastado. Imaginem que os dias, as semanas, os meses e os anos passam lenta e amarguradamente. Imaginem a voz, o cheiro, a sombra e o olhar do agressor, presentes em repetidos reencontros totalmente despidos de emoção, compaixão, fraternidade ou, simples respeita pela comum condição humana. Imaginem que ao desespero dos primeiros dias, se segue o cansaço e o esgotamento dos seguintes. Imaginem o terror transformado em suspense, por sua vez transformado em indiferença.

Esta poderia ser a estória de um qualquer sequestrado. Trágica o suficiente para nos fazer pensar, quase subconsciente, numa saída, numa fuga, numa alternativa.  Bastaria encher a estória de detalhes relacionais, individuais e materiais diversos, para que todos nós, muito humana e institivamente, iniciássemos um périplo mental preconizador de uma possibilidade de fuga, por muito ínfima que fosse. E porquê? Porque a necessidade de fuga ao agressor e a necessidade de luta, quando esta se torna a ultima das alternativas perante o encurralamento, constituem comportamentos reflexivos típicos de todos os animais. Uns enfrentam o agressor, outros engendram hipóteses de fuga, mas nenhum, que eu conheça, se entrega ao conformismo.

Ora, esta entrega ao conformismo já será, em si mesmo, uma tragédia, por representar a desistência da luta contra o agressor, bem como, a desistência da luta (física ou mental) como forma de se atingir uma realidade material alternativa. Contudo, mais trágica ainda se torna a situação quando, sequencialmente, a vítima em causa se afeiçoa, nos mais diversos graus da afeição, ao agressor.

O que de mais insidioso se pode imaginar do que uma vítima de sequestro, por falta de esperança e perspectivas de vida e/ou mudança acabar por se afeiçoar a quem lhe perpetra a agressão? Este constitui, sem dúvida, o mais trágico dos paradoxos humanos. Representa o despir de toda a dignidade, amor-próprio, individualidade e auto estima. Representa o abandono da luta por algo de diferente. Representa a conformação subconsciente com uma determinada fonte de agressão. 

Daí que, psicologicamente se classifique esta tragédia humana como algo de patológico. Quem pode muito bem tratar-se de um Sindroma. Neste caso, provavelmente, o Sindroma de Estocolmo. Mais patológica se tornaria ainda a situação se, de repente, a vitima passasse a desejar a agressão. Quase como, para colocar um fim ao sequestro, desejar um novo sequestro, numa repetição interminável de fugas à agressão que mais não seriam do que repetições da agressão anterior e que, perante a doença, a vitima passasse mesmo a não desejar o fim das mesmas. Ou seja, não apenas se conformava com a ausência de alternativa como, passaria a ver na ausência de alternativa a verdadeira e única alternativa! Já pensaram em algo mais doentio, paradoxal e insidioso?

Infelizmente, esta tragédia humana, enquanto comportamento disfuncional, é facilmente subsumível a muitas outras realidades humanas, individuais e colectivas. Vejamos como.

Os PIGS (Portugal, Grécia, Irlanda e Espanha) encontravam-se, economicamente, desprotegidos e inseguros face à agressiva economia especulativa global. Em virtude dessa desprotecção, as suas economias foram alvo das mais diversas acções de aproveitamento da sua situação, nomeadamente, ataques às suas finanças públicas.

Numa lógica de fuga ao agressor, neste caso, já numa situação de doentia predisponência ao sindroma de Estocolmo, pois os nossos governantes possuem uma admiração profunda pelos agressores (os “MERCADOS”, os “INVESTIDORES”, os “EMPREENDEDORES”…), estes senhores procuraram fugir para uma classe de agressores, na sua óptica, menos “agressivos”. É claro que, mais uma vez, os nossos (des)governantes mostraram à partida a sua predisponência  para com a contracção da doença Sindroma de Estocolmo. Pois, à partida, todos simpatizavam demasiado com os agressores, neste caso o FMI, BCE e CE. Então, estes senhores, supostamente democráticos governantes, desejaram entrar numa lógica de sujeição interminável, inequívoca e perpétua à agressão exterior.

Mais grave se torna quando, estes senhores, não se limitando a padecerem eles próprios da doença, tentam, por todos os meios que lhes são possíveis (e que são muitos, desde a comunicação social, à manipulação da justiça) submeter os outros à sua macacoa.

Ora, estes senhores, perante a agressão dos seus deuses, qual a alternativa que preconizam? Uma agressão ainda maior. Se o país está mal por causa dos especuladores, vamos dar-lhe com mais especulação ainda. Se o pais está mal por falta de investimento nas pessoas? Vamos desinvestir mais ainda. Se o país está mal porque a austeridade é enorme? Demos-lhe com mais austeridade ainda. E, assim, fazem suceder sobre o seu país e sobre o povo que, supostamente, os elegeu, uma continuidade interminável de agressões, tipologicamente iguais, mas cada vez mais profundas e incisivas. Ou seja, para esta gentalha, a alternativa à agressão passou a ser…a própria agressão!

É curioso que, no entanto, subsistem um conjunto de seres que, muito saudável, natural e humanamente, tentam encontrar alternativas de fuga e luta ao agressor. Daquelas que implicam a sua destruição ou, pelo menos, a não submissão aos seus efeitos. Este comportamento é, aliás, o verdadeiro motor da história, subjacente à luta de classes, do progresso e até, da sobrevivência das espécies. Imaginem que os escravos em vez de se libertarem, teriam preferido continuar como estavam (aliás, os doutrinados economicistas da altura defendiam a escravatura porque era economicamente importante, portanto, não se podia acabar com ela)? Imaginem que os burgueses do século XV e XVI, sem vez de terem combatido o feudalismo se tivessem entregado às guilhotinas monárquicas? Imaginem os operários do século XVIII que, saídos da revolução industrial, deram em criar partidos, sindicatos, conquistando uma qualidade de vida sem precedentes, imaginem que este se tinham entregado apenas e tão só à desumanidade laboral que o capital lhes queria impor?Imaginem que Portugal não se tinha tornado independente porque Castela era maior e mais rica? Imaginem que não se tinha derrubado a ditadura, porque eles eram mais fortes? Bem, esta ultima é, precisamente, uma das razões da agressão!

Quer esta escumalha neo-liberal queira, quer não queira, está na natureza da vida a luta por alternativas de sobrevivência. Aliás, diria mesmo, o que faz a vida ser tão bela e preciosa é a capacidade que a natureza tem de, perante todas as ameaças de morte e destruição, encontrar sempre o caminho da sua afirmação e salvação, produzindo as roturas e as revoluções necessárias à sua sobrevivência.

E vêm agora estes ditadores argentaristas, uns doentes do sindroma de Berlim, Bruxelas e Nova Iorque, originariamente desistentes do progresso e da evolução, procurar estender a sua insana patologia a todo o país?

É claro que, no meio destes animais, temos diversos graus e espécies patológicas. Uns são masoquistas, nomeadamente aqueles que sofrendo a agressão no pelo, julgam que a mesma é boa e sabe bem. Outros são Sado-masoquistas. Gostam da agressão, gostam da dor que provoca mas querem-na estender a todos nós, para se excitarem enquanto nos vêem sofrer. Também temos os fetichistas Sádicos. Não sentem qualquer efeito da agressão, contudo, a sua homo e sócio fobia são tão grandes que, por razões diversas, gostam e querem ver os outros sofrer. Outros são sofredores do Sindroma de Estocolmo. Apaixonaram-se perdidamente pelos agressores.

Podem passar um bocado a pensar onde enquadrar gente como o Luís Delgado (e a sua raiva primordial a tudo o que está à sua esquerda, o que não quer dizer que seja de esquerda), o Camilo Lourenço (neo-liberal romântico e empedernido) ou até o Ministro das Finanças (menino de mão do agressor). Todos eles se enquadram nalguma das categorias anteriores, mas todos eles têm algo em comum. Nãos e contentam em serem eles os agredidos. Querem-nos todos a sofrer. Querem-nos todos caladinhos. Querem-nos todos apaixonados pelos agressores que, para eles, era ou se tornaram deuses (a Troika, os mercados, os investidores…). Querem que todos nós nos dispamos da nossa humanidade e da nossa natural tendência para a evolução e sobrevivência.

Não vos chega serem doentes sozinhos?


Seus…Sindrominados




1.500.000.000 de Euros!

Tentem lá dizer este número. Conseguem? E agora tentem pensar o que significa este dinheiro em termos de riqueza. Imaginem-se detentores de tal liquidez. Imaginem quantas reformas, subsídios de desemprego, rendimentos de inserção, entre outras prestações sociais, nãos e pagariam com tal montante. Imaginem um investimento desta monta em educação, saúde, combate à corrupção e ao tráfico de influências, justiça, apoio à investigação, apoio às exportações…Imaginem só, e apenas imaginando! Porque para o nosso governo todas estas despesas constituem custo sem retorno, desinvestimentos, fundos perdidos e, em suma, dinheiro público mal gasto, dispendido de forma improdutiva, o qual uma economia débil não se pode dar a luxo de sustentar,

Pois é…por muito dinheiro que seja, para nós, portugueses, pelos vistos, não é nada! Afinal, trata-se da mesma quantia que Américo Amorim contraiu de empréstimo ao BPN (antes da derrocada) e que lhe permitiu entrar na lista da Forbes. Trata-se de um quarto da quantia que despendemos com o BPN que, mais tarde foi reprivatizado pela módica quantia de 40.000.000 de Euros (aliás, sobre isto, posso contar-vos um episódio tragicamente caricato, pois na Finlândia contei isto a vários escandinavos e eles riram-se…acho que nem acreditaram em mim).

Mas esta quantia corresponde, mais ou menos, ao corte que o governo fez na educação, no orçamento de 2011. Trata-se, mais ou menos, da quantia compensatória que teremos de pagar às PPP’s que o governo não “pode” renegociar. Trata-se também de uma ínfima parte dos milhares de milhões de juros que teremos de pagar à Troika pela extorsão de que somos alvo. Trata-se, também, da quantia que não cobrámos de IRC quando o principal accionista da PT, aquando da venda da Vivo, não pagou o imposto em causa.

Enfim, como se vê, esta quantia para um país como o nosso, não é nada. E tão pouco é que, o governo des”troikador” que temos no poder, se permitiu gastar este montante em aplicações financeiras ruinosas. E sabem de onde é que este dinheiro surgiu? Do fundo de reserva da Segurança Social. Ou seja, foi o dinheiro dos trabalhadores que estes marginais e indigentes, deram de mão beijada aos amigos glutões, não de sujidade, mas de dinheiro.

Agora vejam bem, o governo há uns meses emitiu uma directriz autorizando o gestor do Fundo de reserva da Segurança Social a comprar todo o lixo da banca e, como rapaz bem mandado, o que fez este senhor? Estourou 8% das nossas contribuições que estão no fundo de reserva, em lixo económico digital a que a máfia financeira chama de “activos financeiros”. Agora viram-se que era activos tóxicos. Uma espécie de alimento estragado que, para além de não alimentar, ainda provoca doenças. 

Pois é, o lixo digital a que a máfia mercantil chama de “activos” e que justifica que bancos com tantos lucros estejam sempre a necessitar que o estado lhes dê a mão, tem uma origem engraçada…um bocado como a história da mosca e da m****. É que este lixo digital é o dejecto que atrai as moscas imundas que se auto denominam de governantes responsáveis, capitalistas, financeiros, investidores, empresários, empreendedores e credores do Olimpo mercantil actual.

E estes insectos imundos, cuja utilidade é menor do que a das moscas, pois estas ao menos podem servir-nos para a distracção de as andarmos a perseguir com um mata moscas, insistem em estragar o nosso pão. Insistem em consumi-lo e/ou degradá-lo. Subtraem-nos a matéria orgânica limpa e transformam-na em lixo digital sem prazo de validade. E mais, depois é ouvi-los a dizer, constantemente, que o estado é que é o papão.

Arre…alguém tem aí um mata moscas?

Não? Pode ser shelltox.

P.S. Onde andam os advogados, juízes, magistrados, juristas, procuradores e outros seres que não querendo fazer parte do enxame, venham exigir a justiça aplicável a estas situações? Onde andam eles? Será que neste pais se pode continuar a ser corrupto, negligente ou doloso, burlão, aldrabão, em que nada suceda?