há mais de 2000 anos já se sabia!

Cuidado! Vê o que acontece se não participares. Já Platão o sabia. Quantos mais milhares de anos serão necessários para tu também o saberes?

A injusta repartição da riqueza!

Consideras justa esta repartição da riqueza? Então o que esperas para reinvindicares uma mais justa? alguém que o faça por ti? Espera sentado/a!

Não sejas mais um frustrado/a!

Não há pior frustração do que a que resulta da sensação de que não fizemos tudo o que podiamos!

ValorSul ou valor sem norte?

Ontem desloquei-me à ValorSul SA, incineradora de S. João da Talha. Ainda me lembro, em miúdo, da discussão que foi a instalação desta incineradora, neste local. Independentemente das vantagens ou desvantagens da operação, o que reclamou a minha atenção foi um facto de outra ordem. De um ordem superior.

A ValorSul SA labora com 50 trabalhadores (mais coisa, menos coisa). Sabem quantos directores tem? Poderia enviar-vos ao site Internet, para observarem por vocês mesmos, no majestoso organigrama, a que ponto pode chegar a lata, falta de vergonha e desrespeito pelo erário público. Mas poupo-vos o serviço. A ValorSul SA tem, nada mais, nada menos que 15 directores e um director geral. Acima está ainda, esse mesmo, o conselho de administração, que deve contar com mais uns quantos iluminados, todos pagos a peso de ouro, ou antes, de platina. Agora vejam bem, 50 trabalhadores e 15 directores, 15!. Sem contar com o resto da maralha.

Mas posso-vos ainda acrescentar o seguinte, a ValorSul tem os seus 50 trabalhadores divididos em equipas de 10, cada uma delas com um turno diferente. Assim, temos que, por turno, arriscamo-nos a ter 25 a 30 pessoas na empresa, e mais de metade são directores.

Ah, produtividade! Mas mais…querem reduzir o n.º de trabalhadores. E mais, alguns do que lá estão, para actividades de manutenção, etc, estão em regime de outsorcing. Até se fala em substituir, a equipa que controla a entrada dos camiões de lixo, por securitas. OU seja, o dia em que os directores se atropelarão e serão em número esmagador, está próximo.

Sabem que mais, todos têm direito a carro, telemóvel, salário chorudo e tudo mais. Quem paga isto tudo?

Pois é, não é o ser público que está mal, o que está mal é a clientela destes vampiros que reclama alimentação. E não é de pão que falamos, é de caviar.

Depois reduzem salários aos funcionários públicos e dizem que esta é a única solução possível. Está-se mesmo a ver. Que tal começar por aqui? Não? Pois…é mais fácil começar pelos mais fracos. Onde é que eu já vi isto?


Hugo Dionísio 
Homens de celofane. Os “para-seres” da moda.

Já tinha sido o sr. Hilfiger, já todos tinham levado e apanhado com as verborreias malcheirosas dos “modistas” das nossas praças…Agora foi Galliano, o reputado designer de Christian Dior.

Julgo que não nos devemos admirar destas duas coisas: Uma, que este tal de Galliano tenha expelido as intestinais dejecções verbais que todos ouviram; Duas, que Dior o tenha contratado e depois o tenha despedido (o que está no meio, na essência e na relação entre o fim e o principio não conta).

Afinal o que é que esperam deste tipo de seres? Coerência? Profundidade? Sabedoria? É disso que vivem? Para mim o que me custa mais no meio disto tudo é que existe uma franja enormíssima da nossa população que segue à letra, quais ídolos duplicados em série, exemplos propagados por seres como estes. Isso é o que me desilude, isso é o que me estupefacta. E não os impropérios trauteados por “incerebrados”.

Afinal, quais são os valores que a industria da moda propaga? Serão os valores da ética? Serão os do conhecimento? Serão os do progresso? Serão os da Fraternidade? Serão os valores humanistas?

Não serão antes: as impressões do efémero (a moda muda com as estações!); as impressões da aparência; as impressões do egocentrismo; as impressões do corpo…

A moda não é habitada por valores, mas por impressões; a moda não é habitada por princípios, mas por fins; a moda não é habitada por ideias, mas por aparências; a moda não é habitada por carne, sangue e massa encefálica, mas por pele; a moda é epidérmica, superficial, plástica, profana e banal…

Mas mais, a moda não é habitada por seres humanos, a moda é habitada por seres (ou “pareceres”, ou antes…para-seres?), não das obscuras profundezas, mas das mais invisíveis, porque encadeantes, luzes da ribalta. A moda não é a luz, é o foco. A moda não é o ser, mas o parecer. A moda não é o que começa, mas o que acaba, a moda não é a vida, é a morte. A morte da cultura, a morte do ser humano.

De que se admiram?