há mais de 2000 anos já se sabia!

Cuidado! Vê o que acontece se não participares. Já Platão o sabia. Quantos mais milhares de anos serão necessários para tu também o saberes?

A injusta repartição da riqueza!

Consideras justa esta repartição da riqueza? Então o que esperas para reinvindicares uma mais justa? alguém que o faça por ti? Espera sentado/a!

Não sejas mais um frustrado/a!

Não há pior frustração do que a que resulta da sensação de que não fizemos tudo o que podiamos!

Robots Vs Humanos

Hoje de manhã, dia 28 de Dezembro de 2011, num dos órgãos televisivos do nosso regime político manipulativo (já evoluiu, antes era opressivo!), não me recordo de qual, fui confrontado com uma espinha na garganta que me impediu de saborear o pequeno-almoço da melhor maneira. Logo a refeição do dia de que mais gosto!

Que espinha era esta? Será apenas na minha garganta? Não, é na garganta de todos nós!

A peça noticiosa era sobre as manipulações, mentiras, desmandos, oportunismos e devaneios ditatoriais desse filho da podridão reinante que é o Alberto João Jardim. Tratava-se de opinar sobre a dívida da Madeira e das suas políticas desastrosas ao longo de mais de 30 anos (falava-se de dinheiro, portanto).

Um fulano, qual licencioso guarda-livros, de quem não refiro o nome, pois a responsabilidade pelos pessoais ditos é algo que muito me apraz, mas no rebanho cabresto imperial, todos os nomes são iguais e todos os animais têm o mesmo nome (o do dono do rebanho), veio, na sua limitada, ortodoxa e extremista percepção referir quais, na sua opinião, seriam as causas da actual situação da Região Autónoma da Madeira.

Este senhor foi, oficiosamente, apresentado como fiscalista. Mas, bem vistas as coisas, se o apresentassem como: auditor de contas; contabilista; técnico oficial de contas; financeiro; consultor financeiro; engenheiro contabilístico, ou, em linguagem capitalesa, “Tax, Finance and Accountancy Consultant”, também qualquer destes títulos deveras “corporate” lhe assentavam que nem uma luva. Para mim, numa simples actividade poderíamos resumir todas estas, a do guarda-livros. Isto, claro, arriscando sujeitar os senhores guarda-livros a uma inominável ofensa para a dignidade da sua profissão.

E o que dizia tão “sapiente” personalidade? Bem, o seu discurso começa por referir “as auto-estradas, as empresas criadas…”. Mas, como se tivesse recebido do além (seria dos “mercados”? dos “investidores”?) uma mensagem clarificadora e iluminada, concluiu a sua verborreia com um exemplo que fez questão de sublinhar e repisar vezes sem conta, como sendo o exemplo último e paradigmático da desgraça financeira madeirense (podia falar dos vices riquíssimos do AJJ, dos clubes milionários, do offshore, da prostituição de luxo, da falta de liberdade politica…). Nas suas palavras, a Madeira tem “demasiados museus” e “centros culturais”, que estão “em todas as ruas” e são “insustentáveis”.

Boa! O problema é da cultura. O problema é do conhecimento! O problema é da sabedoria! O senhor começou com a construção de auto-estradas e navegando pelas mesmas, já ia nas empresas favorecidas pelo Alberto João, só que, os seus deuses do além fizeram-no lembrar que esse, esse não foi dinheiro mal gasto. Afinal, foi canalizado para quem lhe paga. O dinheiro mal gasto foi o dinheiro para a cultura, a educação e o saber. Essas coisas “demoníacas” que dão ao povo. Essa coisas insustentáveis, porque não são auto-suficientes, blá, blá, blá. “Desde quando o povo tem de ter direito a tais coisas”? É claro que é só um exemplo, como o senhor em causa referiu. Mas entre tantos exemplos de maior voluptuosidade e mais badalados politica e criminalmente, porque foi ele buscar “o” exemplo em questão? Será que o que gastam os museus e centros culturais chega sequer a uma milésima parte das ajudas que o governo dá a empresas como as SAD’s dos clubes da região, ou às empresas dos seus vices? Será que estes centros de cultura se comparam em termos de despesas aos enormes benefícios fiscais e outras tenças atribuídas por AJJ ao seu séquito, incluindo algum do continente? O problema é que, como os museus e centros culturais nunca farão parte do “core business” de uma qualquer “corporation”, ou, como nunca serão actividades de grande fôlego especulativo praticado por viciados no jogo, talvez seja esse o problema de tão “demoníacas” actividades que têm no progresso social e cultural o seu âmago e paradigma. É esse preconceito dilacerante e radical (extremista) contra tudo o que é de todos e não de alguns, contra tudo o que é publico e não privado, contra tudo o que é democrático e não autocrático (como o é a propriedade privada), contra tudo o que é bem público e não bem privado e contra tudo o que é pago por todos para todos e não por todos para alguns, é esse estado patológico psico-social desta prole numérico-dependente que me assusta. Mais me assusta ainda, em período de crise sistémica, esta gente não conseguir sequer ver um passo à frente do olho e identificar que é o paradigma, o seu paradigma que está errado. Nunca será este o paradigma da emancipação humana. A emancipação humana não poderá nunca, nem deverá, tão pouco, estar entregue ao pragmatismo indiferenciado do número e do recurso. Isso é demasiado redutor para possibilitar a realização da transcendência do sonho. É demasiado mesquinho e vil.

Afinal…os problemas da madeira são fáceis de resolver. Acabam-se com os museus, os centros culturais e mais tarde com as escolas e universidades e, eis que o problema está resolvido. Aliás, esta trupe salazarenta diminuiu de 5% do PIB em educação no OE de 2011, para 3,8% em 2012. Será para nos elevar enquanto povo? Será para promover a nossa competitividade humana de forma qualitativamente superior? Ou será aquela visão mesquinha e pequenina de quem é pequenino, pequenino terá de continuar a ser? Será que foi assim que chegámos ao império marítimo? Como salazarismo bolorento e ultrapassado? Ou foi com investimento humano? Há coisas que ninguém nos precisa de ensinar, a história encarrega-se de o fazer. Pelo menos, a quem se interessa por história, cultura, museus e centros culturais…Claro, não é o caso destes senhores. Os senhores da vista curta, da cegueira dos sentidos, da poupança no recurso e no pensamento. A poupança energética também chega ao pensamento.

Rir? Pois é, dá vontade de rir. Mas de raiva nervosa. Dá vontade de partir para a violência, é o que é. Dá vontade de rir de escárnio por tão grande ignorância e imbecilidade. É que esta classe de “guarda-livros” que faz as contas entre o público e o privado e o que vai para o povo e o que vai para a elite hiper-burguesa, é inculta, insensível, intelectualmente miserável, de personalidade descolorida, de uma futilidade torpe e atroz, de um seguidismo “carneiresco” pseudo militar, de uma incultura estupidificante, de uma ignorância auto-induzida e de uma imbecilidade santificada pelos deuses monetários do além humano e de uma visão desumana e desumanizadora da realidade.

Coitados dos guarda-livros que apenas faziam a conta ao deve e ao haver. Publico ou privado. Estes, fazem as contas, mas não entre o deve e o haver, em absoluto. Fazem as contas entre o deve (dinheiro a direccionar para o sector privado que nunca é demais) e o haver (dinheiro a tirar do sector público e social, que é sempre demais).

Estamos a falar dos senhores do número. Do índice, da conta e do factor. Estamos a falar de gente despersonalizada. De gente educacionalmente deformada e desumanizada. A humanidade nunca se sobrepõe ao número. O ser nunca se sobrepõe ao ter.

Estamos a falar de rebanhos sem ovelhas negras. De democratas sem povo. De seres sociais que não querem pessoas e de liberais telecomandados de forma Wireless. Estamos a falar de seres “chipados”, “quitados”, a quem extirparam a sensibilidade, a emoção, o pensar e o reflectir. Estamos a falar de seres desprovidos de capacidade crítica e autocrítica, de capacidade analítica e de questionar a realidade, de autómatos incapazes de se voltar contra quem os comanda. Estamos a falar de máquinas a quem o sistema educacional neo-liberal e ultra-conservador (de renascentista tendência reaccionária) extirpou a humanidade, deixando apenas o animal (o animal não transforma a realidade, adapta-se a ela). O animal submisso ao líder e à realidade que lhe apresentam como ultima e com “a-histórica”. Um líder corpóreo escondido sob uma capa de indeterminação conceitual a quem atribuem características vagas e relativas como, o global, o competitivo, o mercantil, o rentável, o produtivo, o reprodutivo e ao qual se atribui milagres tão importantes como, a mais-valia, o produto, a riqueza e o investimento. O líder esconde-se atrás dos “mercados”, dos “investidores”. Deuses pagãos do além, que se movimentam por entre as trevas obscuras da desumanidade latente. Destes não esperamos amanhã, destes só esperamos o agora. Destes não esperamos o progresso, apenas o regresso. Destes não esperamos a revolução, apenas a reacção. Para estes aquilo que é, sempre será. Os “deuses” fizeram os ricos e os pobres. O divinos “mercados” e “investidores” fizeram, o homem não muda nem pode mudar.

Senhores como este,m reflectem a sociedade das sombras, da aparência e do materialismo bacoco, da uniformidade, da normalidade e do cinzentismo. A sociedade da “corporate culture” em que quem está fora, está feito. A ditadura da manipulação. A sociedade em que a hiper-borguesia chama democratizar a economia à destruição do erário público. A sociedade da criação de multimilionários que resultam do domínio monopolista e oligárquico das áreas de intervenção estratégica do estado. A sociedade da submissão ao reflexo condicionado economicista mais primário. Primário? Sim. Primário, no sentido em que voltamos à lei do mais forte. Estes não condenam a mentira, nem a manipulação, nem a corrupção, nem o tráfico de influências, chamando-lhe até de “lobying”. E quando o governante eleito mente? É porque não sabia da realidade, estava equivocado. É “perfeitamente” admissível e aceitável.

Senhores como este são os ceifeiros dos nossos sonhos de liberdade e democracia. Dos sonhos de emancipação da nossa humanidade. Senhores como este simbolizam o passado atado à riqueza material. O tempo do umbigo. Simbolizam a incapacidade de o homem ascender na sua humanidade.

Senhores como estes Guerreiros, Lourenços, Delgados e outros, simbolizam os tentáculos (sim, tentáculos, porque não têm vida ou existência própria) de um sistema ultrapassado mas que insiste em perpetuar-se contra as ansiedades de libertação de toda uma humanidade que se tem vindo a afastar da política por se considerar manipulada (as ditaduras também são as da manipulação!). Senhores como este simbolizam a tentativa histórica das facções reaccionárias em voltarem ao modo de produção anterior, ao feudalismo. Afinal, os resquícios do passado existem e existirão sempre no futuro. É por isso que a luta não pode parar nunca. Porque o abrandar da luta humana pela libertação equivale ao deixar a reacção retomar a sua perdida pretensão de dominação. É algo de muito humano. De desumano, apenas os senhores autómatos atrás referidos.

Destruamo-los pela força das ideias e dos ideais!
Vida. Quanto vale?
Vejam esta imagem. Agora...imaginem que a apanharam no final de um dia de fantástica pescaria, depois de acordarem às 3 da manhã e após 12 horas num barco. Imaginem, também, que estão naquele vai-vem mental, entre a vigília e o sono mais profundo. Mal conseguem pensar. Mal conseguem manter os olhos abertos. Eis que...num relance de lucidez, olham para trás, para o mar que vai ficando. Depois... num lento despertar, olham para o horizonte e absorvem os resquícios valiosos de uma luz solar que desaparece para mais tarde, reaparecer em todo o esplendor (o sol também dorme!). No final...olham mais para cima ainda. E vêem as gaivotas seguindo o barco, sem nunca o apanhar, servindo de mensageiras da luz. Absorvem todo este esplendoroso quadro. Constatam a revelação e pensam...Isto sim, isto é vida!

Quem não o viver, não o sabe e quem não o entender não vive. Quanto dinheiro é necessário para encontrar algo assim? Dá que pensar, não dá?

Boa vida a todos vós
Retorno 2 - A luz e a Escuridão



Façamos uma reflexão! O que têm em comum os seguintes conceitos: a cobardia; o laxismo; o clientelismo; o conformismo; o seguidismo; o oportunismo; o desleixo; a incapacidade; a imbecilidade; a irracionalidade; a irresponsabilidade; o cinismo, a hipocrisia; a vaidade; a futilidade; a ganância; a ingratidão; a indiferença; a parcialidade; a cegueira; a miopia; o "graxismo"; a indecisão; o obscurantismo e tantos outros "ismos" e "ades", em comum? O que têm todos estes comportamentos em comum, para lá da sua natureza humana e potencialmente destrutiva?


Na minha modesta opinião, baseada na humilde observação dos comportamentos sociais e individuais, julgo resumirem-se, para lá de outras lateralidades, a dois aspectos individuais fundamentais para o funcionamento do colectivo. Esses dois aspectos são, a ética e o carácter. 

A sua falta ou existência, reflete, posteriormente, todos os comportamentos anteriormente identificados e listados. Arrisco mesmo a dizer que, o nível ético e de carácter de uma sociedade, determina o seu estágio de desenvolvimento e progresso.

E porquê a ética e o carácter juntos? Não bastaria a ética? Sim, teoricamente, bastaria. O problema é que o comportamento de cada individuo é sempre, mas sempre, moldado pela capacidade que este tem de se impor perante os demais. Ou visto de outra forma, o comportamento individual é sempre moldado pelo espaço social que os demais indivíduos lhe conferem. Ou seja, o nosso comportamento resulta sempre de uma interação de forças opostas que equilibram a relação social. A força que temos contra a força que nos deixam ter. Dessa interação surge a síntese, que consiste no equilibro de forças conseguido.

Esta ideia reflete, em toda a extensão, a aplicação social e material da dialética filosófica Hegeliana (ser, antítese, síntese), tão sabiamente aplicada à evolução humana e social pelo "ocultado a força" Karl Marx. A "sua" luta de classes, como motor da história, não seria mais do que essa interação (ou oposição?) de forças opostas, que resultam, em cada momento histórico, num equilíbrio (numa síntese), resultante da relação de forças presente. 

Digo eu, então, que esta luta de opostos é determinada, não apenas por processos colectivos (que obviamente, estão, necessariamente, presentes), mas também por processos comportamentais individuais, perante a realidade, que, no seu conjunto, moldam a força e a natureza do colectivo, refletindo-se depois, a sua ação, na relação de forças que leva, posteriormente, a um dado status de evolução social. Aliás, o próprio Marx vem, de alguma forma, fundamentar esta minha ideia, através do estabelecimento dos princípios da crítica e auto-critica que tão importantes são na aplicação prática de toda a ideologia marxista. 

Contudo, devemos questionarmo-nos sobre o porquê de, neste momento histórico preciso, de não ser possível ainda um equilíbrio social, humano e politicamente, mais avançado do que temos atualmente. Aliás, porque é que, por um lado, a classe dominante continua a dominar tanto e por outro, mesmo nas experiências históricas conhecidas, não se conseguiu criar aquilo que seria a ideia de um homem novo. O que é que faltou?

Em primeiro lugar, terá faltado uma correta transposição prática e politica de uma doutrina ideológica tão perfeita (filosófica e cientificamente fundada) quanto a Marxista. Um dos grandes problemas terá sido, sem dúvida, a incapacidade para os homens, todos eles, terem permanecido revolucionários, mesmo numa situação de domínio do poder politico. E porque é que, os revolucionários num determinado momento, não conseguiram, souberam ou foram incapazes de se manterem como tal? 

É aqui que entra a importância do comportamento individual em interação com o colectivo (mais uma vez, como resultado da aplicação dialética Marxista). É que Marx não aplicou, apenas, a dialética filosófica hegeliana, aos processos colectivos sociais (levou-a do espirito para o homem). Aplicou-a também, aos processos individuais e grupais. O Marxismo não exige apenas uma identificação ideológica teórica. Exige, acima de tudo uma identificação deontológica prática. Marx, por outras palavras, através dos princípios da critica e autocritica, vem aplicar o principio inerente à luta de classes (a interação de opostos  para a produção de um equilíbrio que é uma síntese dessa luta de forças opostas) à relação individual e grupal de cada ser humano.

Assim, o que faltou (ou falta), em suma, para que as pessoas envolvidas nos processos revolucionários, se mantenham revolucionárias é, precisamente, a aplicação prática (e não apenas teórica) da critica e auto-critica. Sem elas não há vanguarda. Só há vanguarda de em cada momento, nós, os revolucionários, conseguirmos questionar, derrubar e ultrapassar, os nossos limites, barreiras e incapacidades. E isso faz-se através de um processo critico (heterogêneo e exógeno) e auto-crítico (individual e grupal, endógeno). Só através desta reafirmação constante dos princípios da critica e autocritica, será possível um progresso interno e externo permanente. Só assim é possível uma síntese perfeita, em cada momento, que reflita um progresso em relação ao status evolutivo precedente. E este processo, chamamos de, isso mesmo, vanguarda. E o contrário disto é a retaguarda. Só assim é possível a revolução por oposição à reação. Com a reação voltamos atrás, com a revolução andamos para a frente. Para que tal aconteça, temos de ser capazes, em cada momento, de questionar e autoquestionar a nossa própria ação. Para que ela não se transforme em reação.

Contudo, sobra uma questão. E porque é que, em determinada altura, os movimentos revolucionários são incapazes de aplicar a critica e autocritica? Porque faltam os modelos comportamentais individuais adequados. Esses modelos são a ética individual e o carácter. É que sem a ética de quem domina, para que domine de forma justa, transparente e participada, sujeitando-se a uma avaliação e critica constantes, e sem o carácter de quem é dominado para que imponha a quem domina um comportamento ético correto (revoltando-se contra as indignidades, injustiças, parcialidades...), não existe nenhuma ordem estabelecida que seja colocada em causa.

A verdade é só uma e deve fazer-nos pensar. Embora a transposição ideológica do Marxismos pressuponha uma certa ordem, nenhuma ordem social ou politica é revolucionária por si mesma. Quem são revolucionárias são as pessoas e quanto muito, os colectivos. Qualquer ordem estabelecida só visa uma coisa, perpetuar e aplicar o poder de quem a estabeleceu. Marx previu-o tão bem que veio dizer que, para que a ordem estabelecida não se torne autocrática, ela tem de ser permanentemente questionada pelas pessoas que a integram, através dos princípios da critica e da autocritica. Só assim essa ordem evoluirá em vez de morrer.

Agora eu pergunto. Será que nas ordens estabelecidas, passadas e presentes, alguém tem a ética de questionar e progredir? Alguém tem o carácter de nãos e limitar a segui-la? Quem estabelece a ordem, permite que a mesma seja questionada e criticada? Será que a ordem é participada de baixo para cima? da base para o topo? Da infra-estrutura para a super-estrutura, como previu Marx. Ou, cada vez mais, que dirige, apenas olha para quem tem acima e ao lado e não para quem tem abaixo? Será que quem dirige molda o seu comportamento eplas necessidades da base, ou pelas do topo? E será que quem dirige questiona e critica essas orientações? Com que frontalidade? Com que sinceridade? Com que caracter? E que estabelece as normas? fá-lod e forma transparente para que as mesmas se sujeitem à critica da base? E quem está na base? tem caracter para o denunciar? E todos nós, autocriticamo-nos? E fazendo-o, moldamos o nosso comportamento a partir daí?

Será este um problema típico dos movimentos revolucionários? Não, não é. Antes de ser destes, é um problema das classes dominantes e dominadas. Tenho em crer que, mesmo assim, os movimentos revolucionários são os que menos sofrem (mesmo que sofrendo muito), desta limitação óbvia do atual estado de desenvolvimento cultural humano da nossa sociedade contemporânea. Mas sim, estes problemas são transversais aos seres humanos e a extensão como cada sociedade, cada pais, cada organização, cada grupo, cada comunidade, sofre deles é que determina, em cada momento histórico, o seu desenvolvimento e progresso social.

Posto isto, teremos nós, a ética e o carácter necessários a uma critica e autocriticas que nos dirijam para um processo revolucionário (interno e externo) que nos coloque na vanguarda do progresso social?

agir em vez de reagir

revolucionar em vez de reformar

questionar em vez de seguir

ultrapassar em vez de perseguir

avançar em vez de retornar

progredir em vez de regredir

mudar em vez de estacionar

abaixo o situacionismo, viva a revolução das mentes (a das instituições vem depois)