Será o PS o PASOK? António Costa diz que não. O Syriza não será com toda a certeza. Eu, cá para mim, que me desculpem os meus amigos "Xuxas"... (infelizmente) O PS é o PASOK! Mário Centeno, coordenador do grupo de estudos de política económica do PS (recém criado), dá-nos uma mostra do que será um possível governo de Costa para as relações laborais. Desde a utilização do exemplo dos "EUA", típico chavão neoliberal, à defesa de um mercado de trabalho "mais flexível", em consonância com a doutrina do pensamento único, ou, ainda, a ideia de que "as empresas não gostam de baixar salários", recorrente ideia de divinização da empresa e do empresário, variadas são as pistas do que serão as apostas de política económica do PS. Nâo! De um menino formado em Harvard, com um livro “O
trabalho. Uma visão de mercado”, o que seria de esperar? Caros PS's, esta é última oportunidade que têm de não trair (mais uma vez) o povo Português, em Espanha e na Grécia, já as queimaram todas, por cá, os sinais vão pelo mesmo caminho, queiram ou não queiram! Leiam o texto a seguir e vejam por vós mesmos!
Mário Centeno, do grupo de estudos de políticas económicas do PS, avança com ideias para o futuro
por Pedro Araújo
“O SUBSÍDIO de desemprego é demasiado elitista. Chega apenas a um terço daqueles que não têm trabalho e tem uma duração que não se adapta ao ciclo econômico. Devia ser mais longo em época de crise, como aconteceu nos EUA, sendo mais curto e generoso em tempos de prosperidade”. (Uso dos EUA como exemplo não augura nada de bom, considerando que os EUA são um país com 20% de pobres, 30% sem sistema de saúde e com taxas de criminalidade ao nível do 3.º mundo).
A ideia é defendida por Mário Centeno, em declarações ao JN. Ele é um dos estrategas de políticas económicas que estão já a assessorar António Costa na pretendida ascensão do PS à chefia do Governo.
São 11 os conselheiros da liderança do PS em termos de políticas económicas. O grupo funciona há pouco mais de um mês e estará em estreita ligação com o gabinete de estudos, criado na Última quinta-feira, durante uma reunião da Comissão Política. O coordenador do grupo de estudos de políticas económicas é, precisamente, Mário Centeno, um alto quadro do Banco de Portugal. É professor no ISEG e tem um doutoramento em Economia do Trabalho, obtido na Universidade Harvard, nos EUA. (de Harvard? Já se está a ver que escola económica traz. Socialista não será de certeza, é coisa que não se dá na "democracia americana).
Embora se conheçam escritos seus sobre várias áreas, o mercado laboral é o seu terreno preferido, tanto assim que escreveu um livro “O trabalho. Uma visão de mercado”, editado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos.(mais mercado? até no trabalho? Para estes senhor o trabalho não é um bem social, é um produto de mercado, já se vê que Socialista é)
E para essa obra que remete várias das ideias que expressou em declarações ao JN, preferindo não comprometer o PS.
As políticas fiscais e estruturais têm de estar sintonizada, não devendo as primeiras puxar em determinado sentido e as segundas noutro. Exemplos não faltam. “O salário mínimo deve ser aumentado? Essa questão tem de ser vista no contexto de outras políticas. Uma coisa é certa: as empresas não gostam de baixar salários e desincentivar os trabalhadores. (o aumento do salário mínimo não é um bem em si mesmo? Neoliberal típico, que diviniza as empresas, quando a maioria das mesmas quer é mesmo baixar salários. Não sei a que mundo se refere!)
Aliás, os salários na sociedade portuguesa já contêm um prémio de risco, uma vez que são baixos e garantem, simultaneamente, segurança no posto de trabalho [trabalhadores do quadro]. A escolha é simples: temos de parar de proteger o emprego para proteger o rendimento. Se conseguirmos criar novas relações laborais, o sistema torna-se mais flexível”. Ou seja, para que os salários aumentem, é necessário tomar mais flexível o mercado laboral. No Estado, a requalificação deve ser alargada, mas não pode ser estigmatizada”.
in Jornal de Notícias em 02/02/2015
P.S. "Flexibilidade Laboral para aumentar salários"? Se há coisa que a flexibilidade laboral tem trazido é precisamente a baixa de salários e não o seu aumento. Só numa cabeça neoliberal, como a de Mário Centeno do PS, ainda é possível encontrar uma crença deste tipo, crença religiosa que todos os factos, estudos e estatísticas demonstram estar errada!
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