BES e BCP cortam Isenções de horário! Vamos ao RESET económico.

Parece que a grande saúde financeira dos nossos bancos se foi, finalmente, por água abaixo. Primeiro foram os testes de stress, depois foram os pedidos de dinheiro ao estado, depois veio o FMI, mais depois ainda vieram os despedimentos, por fim...veio mais FMI e agora? Agora, toca a cortar nos trabalhadores que ainda lá estão. E nada chega...sabem porquê? Porque esta gentalha, "jogatanodependente" não é capaz de sair da espiral especulativa em que entraram.

Basicamente, com a lógica dos futuros, derivados, swaps e toda uma panóplia de produtos especulativos, tóxicos para a sociedade, que mais não fazem do que materializar, no aqui e agora, a riqueza futura que ainda não existe - nem se sabe se virá a existir - pois a ganância do "ter para parecer" e do "parecer para ter" é, como se sabe, um poço sem fundo.

Portanto, estes senhores socialmente patológicos, que se divertem a aplicar quantias fictícias futuras e derivadas, antecipando para o agora e já, resultados que provavelmente só se veriam daqui a 50 anos e passadas 300 transacções derivadas em paralelo, criaram um buraco de tal forma grande na economia real que agora, meus caros, como se faz nos computadores, só com um RESET económico.

Depois de milhares de milhões de euros aplicados na banca e pagos com o nosso bolso, os dois maiores bancos privados portugueses estão nas ruas da amargura. Completamente. A verdade, que os politicos da corrupção sistémica não querem ver é que, toda a "ajuda" que deram aos bancos só serviu para uma coisa: para aprofundar ainda mais o buraco que já existia. Porquê?  Porque o que fizeram foi continuar a jogatana em catadupa, ainda com maior vigor e fulgor, tal como faz o jogador quando vai ao casino com tudo perdido e que, por obra do acaso lhe cai algum dinheiro no bolso e vê ali a sua salvação. E o tudo ou nada. Foi isso que eles fizeram!

E fizeram-no com o nosso dinheiro! Sabem porquê? Porque não lhes custou a ganhar. Depois dos casos Portucale, dos casos de branqueamento de capitais do BES, do favorecimento de gente como o Berardo, depois de extorquírem dinheiro pelo IRC que não pagam, depois de hipotecarem, criminosamente, as contas bancárias daqueles que, por artes de sedução, lá colocaram o seu dinheiro, depois disto tudo, ninguém foi preso, penhorado, etc...

Agora, vão aos próprios trabalhadores, aqueles que, ao longo destes anos, lhes permitiram construir impérios sobre pés de barro, os tais impérios que davam lucros fabulosos, assentes em lixo económico. Agora, cobram-lhes de volta o que lhes pagaram em prémios por objectivos, em promoções, em tudo o que servisse para colocar esses trabalhadores a especularem mais ainda. Vai ser engraçado ver o SBSI a dançar no meio disto tudo. Se calhar está a chegar a hora do sector da banca voltar à luta dos trabalhadores.

Não se esqueçam, os que pensam que estão fora é que, a seguir aos trabalhadores virão os próprios clientes. Nos EUA, berço do Ultraliberalismo e da especulação patológica actual, já se fala de a banca se capitalizar com recurso às contas dos clientes. Portanto, é só fazer as contas, como se costuma dizer. Os apregoadores da propriedade privada, como chamarão a isto? Como chamará a isto o Telmo Correia que disse que o governo português não pratica banditismo politico? Se não fosse tão grave, daria para ria na sua cara.

É claro que, como qualquer pessoa com dois olhos já viu, e só os doentes da jogatana e os políticos corruptos é que não viram, ou não querem ver, já nada salvará este sistema. Quanto mais nos oprimirem para "capitalizar" o sistema, maior será o buraco. Ninguém será capaz de parara esta espira especulativa em que se baseia este sistema.

Daí que seja necessário fazer um RESET. Tudo o que for especulativo...vale 0. Nem mais, nem menos. Quando é que vai ser isto? Não sei! Mas sei que vai acabar por acontecer. Mais guerra menos guerra. E os trabalhadores não têm que se preocupar com isto, o seu trabalho não é especulativo, é riqueza pura! Será como um remédio que sabe mal, mas mesmo assim, um remédio.

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