Milagre, Milagre, Milagre….
Afinal, ainda acontecem milagres. Isto deve agradar
sobremaneira ao Papa Chico e aos adeptos das visões de Fátima. É claro que não
se trata de um dos segredos de Fátima, mas, mesmo assim, constatei o
acontecimento de mais um milagre em solo nacional. E este, meus caros, este,
nem Deus nosso senhor poderia adivinhar.
João rendeiro, grande banqueiro, gestor, investidor,
empresário, empreendedor, conhecido assaltante de milhares – senão milhões – de
bolsos e bolsas, mais eficaz do que o “gang do Multibanco” todo junto, senhor
de elevadíssimos padrões morais e éticos, prossecutor de profundíssimos princípios
como “mais vale um pássaro não mão…” Ou, “o que é meu é meu, o que é teu é
nosso”, este senhor, espécime da mais alta estirpe vampírica nacional,
finalmente, e como que por milagre, foi acusado do crime de burla qualificada.
Burla qualificada? Burla é o crime típico dos financeiros e,
regra geral, em Portugal, a não ser para salvar o portas (com braga gonçalves
da moderna) ou, o caso de vale e azevedo, nenhuma figurona era, sequer,
constituída arguida.
É claro que já estou a ouvir uma infinidade de gente,
conhecida de todos nós, a vir para a televisão atestar a “honorabilidade”, a
“hombridade”, a “incorruptibilidade” e a “competência” de rendeiro. Será uma
chuva de gente a dizer que colocaria a cabeça no cepo por rendeiro, se disso
dependesse a sua salvação. Todos eles o fazem apenas com uma preocupação em
mente – o medo de que o precedente se alargue às suas pessoas. Ou seja, têm
medo de ser presos.
Imaginem que, por cada pilha galinhas que fosse preso,
acusado ou constituído arguido, , uma infinidade de pessoas do mesmo estatuto
social, aparecesse na comunicação social a defender a sua honradez. Imaginem que, um traficante de droga é preso e,
nesse mesmo dia, as televisões desse país iam entrevistar, questionar e pedir
para opinar, um conjunto de colegas de profissão. O que diriam eles do seu
colega traficante? Diriam que era traficante? Ou diriam que a justiça é
“injusta” e que o visado é “bom rapaz”, ordeiro e cumpridor?
É por isso que, a constituição como arguido de joão
rendeiro, constitui um verdadeiro milagre no quadro judicial nacional. Desde
quando é que se pensou ser “cientificamente” possível um ex-presidente da cmvm,
o ex-presidente de um banco (BPP), um presidente de fundações (Ellipse e
luso-brasileira), alguém da mais alta estirpe burguesa e mercantil, ser objecto
de um processo criminal? Só em milagres…Só em milagres.
Vamos ver o que dá…espero que não seja como o de Fátima.
A sujidade da “manch”…ete.
O cheiro pútrido e pungente, de cadáver em avançado estado
de decomposição, que emana de rui machete e de tudo o que ele representa, é a
prova viva – ou, antes, morta – do que expus no comentário anterior.
Todos conhecemos a rábula da “inverdade”, imprecisão, omissão,
esquecimento, que sucedeu no caso machete/BPN. Todos percebemos que o que
passou foi que, como carta de apresentação ao povo, este ministro decidiu dar
um cheirinho de mentira e falsidade. Cheirinho esse que já havia deixado o seu
odor, na rábula do CV, do qual, tinham sido apagadas a menção às suas
actividades no âmbito do BPN.
Este ministro de cavaco estava devidamente apresentado. Era
mais um congénere de outros protegidos do pobre professor reformado. Casos como
lima duarte, dias loureiro ou rendeiro vieram-nos imediatamente à memória, como
exemplos do zelo de cavaco pela agregação à sua volta dos profissionais e políticos
mais capazes. Pelo menos, os mais capazes de extorquir o erário publico, em
benefício dos grupos económicos.
Depois de, um após outro, aos poucos, à custa de muito
milagre, água benta e não pouca-vergonha, um ter caído atrás do outro (o duarte
lima até aos tiros andou), machete teve uma segunda oportunidade de reabilitar.
Mas isto de se ser cleptomaníaco, que o
diga o vale e azevedo, custa a passar. Já a mitomania também deve ser difícil de
tratar, ainda mais num pais destes e com um governo dominado por mitómanos.
Desta forma, podemos designar o retorno de Machete como o
retorno do filho pródigo. Ou seja, num governo de mentirosos, retorna para
governar um outro mentiroso. E a compulsividade mitomaníaca
de Machete é de tal forma intrincada que ele sai de uma mentira e mete-se logo
noutra.
Agora foi em Angola. Não só violou o segredo de justiça,
como violou o principio da separação de poderes, como mentiu ao dizer que
consultou a procuradora geral do ministério publico, como mentiu, em Portugal
ao dizer que na entrevista em causa tinha, ele próprio, chamado à atenção para
o segredo de justiça. Ora, aí está uma coisa que, mesmo após 3989 audições da
referida entrevista, eu não consegui ouvir, nem num “ruidito” de fundo.
Portanto, a mitomania de machete também lhe dá para o fantástico.
Por fim, como se não fossem mentiras que chegassem, ainda
pediu desculpa a alguns angolanos, assim da sua laia, por o estado Português
estar a cumprir o seu papel de estado de direito ao investigar judicialmente
alguns criminosos. É demais.
Demais, demais ainda, é o passos coelho vir dizer que o
ministro nada fez de mal. Bem, num governo de mitómanos, de mentirosos
compulsivos, esta declaração de coelho dá-me um certo conforto. É que pela
primeira vez algo que o passos coelho diz tem um sabor a verdade. É que como mente
sempre, quando ele diz que o ministro nada fez de grave que mereça a demissão,
mais uma vez ele está a mentir. Ou seja, para passos é claro que machete fez
muito mal. Apenas não é possível a passos reconhecê-lo. Então, como mitómano
que é, resta-lhe mentir.
Isto tresanda a sério!
França lança aviso sério à democracia europeia!
Há coisas que esta cambada de ultra liberais, selvagens
financeiros, guarda-livros empedernidos e economistas anti-sociais ainda não
entenderam. Esta onda de concentração de riqueza, de extorsão social e de
apropriação do erário publico pelos grupos económicos que geram pobreza, miséria
e desigualdade, ou se inverte ou, não tenham qualquer dúvida, vai custar-nos a
democracia e a liberdade.
Quando um regime não responde às necessidades do povo, haverá
sempre quem seja perito em explorar a amargura do sentimento de impotência,
daqueles que estão fragilizados demais para lutar.
Este aviso, que para quem cá não anda a dormir, ou ocupado a
extorquir para enriquecer alguém, tem um sabor a história e apresenta-se quase
como um dejá-vu.
A verdade é que em França a Frente Nacional, partido de extrema-direita,
ganhou eleições locais em Brignoles. Já quanto às eleições europeias, este
partido aparece como muito bem colocado. Isto, meus caros, é extremamente
preocupante e não podemos deixar de imputar responsabilidades aos “holandês” deste
mundo.
Holande, quando foi eleito, fazia e acontecia. Era um tal de
falar grosso à Merkel. A Europa ia mudar, pensavam os socialistas da “terceira
via”. “Agora vai haver mais equilíbrio”,
dizia-se por essa Europa fora.
Esta vitória da extrema direita em França dá-nos a resposta às
questões que possamos colocar sobre a politica de Holande. Austeridade, miséria,
destruição do estado e dos serviços públicos, foi isto que Holande representou.
Mas representou mais…Representou a falência dos partidos do centro e perante
tal falência, com o colapso dos sistema politico quem ganha são os populistas e
os demagogos.
Ou, todos juntos, conseguimos criar uma alternativa
humanista e libertária, ou isto vai custar-nos caro, muito caro.
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