Pontes para o futuro? Ou para o passado?


Bem... Depois do mais que provável chumbo do governo - usando o chapéu do Sistema de Segurança Interna - à marcha da CGTP-IN, muita água irá, ainda, correr debaixo da ponte. Nunca se aplicou tão bem esta expressão idiomática.

Depois das feijoadas, das maratonas, meias maratonas, mini maratonas e outras festas que tais, eis que o governo da republica encontra, finalmente, um evento para o qual a ponte não serve. Já se tinha feito lá de tudo, só faltava fazer uma manifestação. Eis aqui, finalmente, um evento para o qual a ponte não reúne condições de segurança.

Quer dizer...A ponte serve para lá passar o passos coelho, serve para lá passar o cavaco, o portas, machete e outros que tais, mas para passar o povo em marcha...Isso é mais complicado. Como diz o outro...Tem o acesso bloqueado. Bem, na sequência dos cortes governamentais na nossa bolsa, cortaram-nos também o direito a passar na ponte a pé e a andar. Se calhar, se fosse a correr...ou a pedalar...

Claro que agora, especulativamente, podemos levantar algumas questões: E se, em vez da CGTP-IN, a marcha fosse marcada pela EDP, Continente, BCP, GALP? Ou, e se em vez de ser uma organização dos trabalhadores - a CGTP-IN - fosse uma organização capitalista ou mais elitista? Ou, imagine-se, que a AMI, a Fundação José Manuel dos Santos e o banco alimentar da senhora jeunet marcavam uma marcha contra a "pobreza e a fome"? Aceitaria o governo? Talvez...Não é? E então se tivesse lá o patrocínio da Santa Casa...

Bem...Se calhar deveria chamar-se o mexia, ou o bava, ou o belmiro (não sei se o catroga ainda aguentaria). Um destes tipos, aliado a uma marcha pedonal sob a égide da cidadania, ambiente e responsabilidade social...Meus caros, assim até o passos pegava na bandeira.  Ou então, chama-se o livro do Guinness e diz-se que se vai montar, com a senhora jeunet, a maior sopa dos pobres do mundo. Ah... com o portas como cozinheiro.

Haveriam muitas iniciativas com enquadramento de segurança na ponte. Agora, uma marcha da CGTP-IN? Nem pensar. E passos pensa: "a CGTP-IN a fazer uma marcha numa ponte que já teve o nome  do meu adorado ídolo"? "Nem pensar"!

Diz o SSI que o grande problema está relacionado com o número de pessoas que estarão presentes.Mas o que é que o SSI pensa que é a CGTP-IN? O IEFP que não se consegue certificar quanto ao número real de desempregados? Ou o gaspar que não consegue acertar em número nenhum? Ou a Ministra das finanças que não sabe se sabe o quanto sabe sobre os swaps de que nada diz saber? Ou o machete que não sabe quantas acções da SLN e BPN tem?

É verdade que é difícil estabelecer quantas pessoas irão estar no tabuleiro da ponte. Pudera. Depois do que este governo tem desgovernado... Deve ser uma contabilização difícil de fazer, pois já não podem culpar apenas os 10% de comunas. Têm que adicionar mais umas quantas dezenas percentuais. As autárquicas que o digam.

Por outro lado, acho que mesmo o melhor é fechar a ponte para sempre, uma vez que não sabemos, dia a dia, quantos carros é que vão cruzar a ponte, por decisão dos seus condutores claro. Sendo impossível essa contabilização, não julgo estarem reunidas as condições de segurança. Não acham?

Bem, para a CGTP-IN, claramente a ponte não pode constituir "uma passagem para a outra margem". Será, a ponto, apenas "uma miragem"?

Num governo bloqueado, emparedado e desconjuntado, de facto, não faz sentido nenhum falar de pontes. Muito menos pontes por abril. Para o governo de passos e portas apenas se podem erguer barreiras entre abril e o presente. POntes? para eles pontes só para Março de 74. É a única ponte que procuram...a ponte oliveira salazar.

E nós? Nós? Nós queremos a ponte por Abril...não é? A ponte 25 de Abril.

Todos à ponte.




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