há mais de 2000 anos já se sabia!

Cuidado! Vê o que acontece se não participares. Já Platão o sabia. Quantos mais milhares de anos serão necessários para tu também o saberes?

A injusta repartição da riqueza!

Consideras justa esta repartição da riqueza? Então o que esperas para reinvindicares uma mais justa? alguém que o faça por ti? Espera sentado/a!

Não sejas mais um frustrado/a!

Não há pior frustração do que a que resulta da sensação de que não fizemos tudo o que podiamos!

Vampiradas - Mais uma dentadinha

Hoje, muito a propósito com o título que tenho escolhido para as peças que escrevo, relacionadas com a extorsão aos portugueses e ao estado, surge o jornal "O Diabo" a  denunciar mais uma "suculenta" operação de extracção e sucção da nossa riqueza, com fluxo directo para os grandes capitalistas nacionais e angolanos.

Segundo o noticiado, e por mim verificado a partir de outras fontes, o BPN foi comprado pelo BIC, por 40 milhões de Euros (até aqui sabíamos), através do recurso a um empréstimo  atribuído pelo próprio BPN??!!!??? Confusão? Nem por isso. Está mais para "pouca vergonha", banditismo, chico-espertice, golpes de javardos sem ponta de escrúpulo ou respeito...nem sei por quem. Se por nós, se por eles mesmos! É preciso descer muito baixo para chegar tão alto!

É isso mesmo que muitos já estarão a pensar que o BIC comprou o BPN com dinheiro do próprio BPN. Ou melhor, como o BPN estava nas mãos do estado e o estado é que o capitalizou (terá custado à volta de 8 mil milhões), em suma, fomos nós todos que o pagámos - por nós todos, leia-se, quem paga impostos.

Quer dizer, o BIC, detido por angolanos e pelo amorim, comprou o BPN por uma pechincha de 40 milhões de Euros, garantindo à partida que o estado já o havia capitalizado, saldado as dívidas e estruturado, e garantindo também, que o o mesmo estado "gastador" e "despesista" assumisse os custos com os despedimentos a efectuar (cerca de 700 trabalhadores).

Não contentes, provando que a ganância é um poço sem fundo, Amorim e o BIC, na sua insaciável ânsia de riqueza, ainda conseguiram comprar o BPN sem gastar ou investir um cêntimo. Para tal, conseguiram que a direcção do BPN "publico" lhes aprovasse um empréstimo no valor da quantia de compra do banco. Uma espécie de negócio do tipo: vou comprar os CTT com o dinheiro dos CTT. Se eu soubesse, tinha oferecido 41 milhões pelo BPN e hoje em vez de estar aqui a protestar tinha-me tornado uma sanguessuga normalizada (=banqueiro).

Bem, para a além do descaramento, da falta de decoro, da falta de ética, moral ou qualquer indício de dignidade e respeito para com o país, os portugueses e o estado, esta situação ainda se torna mais insólita se tivermos em conta os seguintes aspectos:

- O BIC é um banco Angolano, controlado por gente que estava, provavelmente, sob investigação no Ministério Público e que, recentemente, depois da intervenção do sr. cavaco, mais uma vez se arquivou o processo. Bem ao sabor de cavaco e de acordo com o que tem sido o seu padrão de justiça, ao serviço da, muito sua,  "causa" pública. É uma espécie de amor incompreendido.

- O BIC, com relações muito próximas com o grupo amorim - talvez impossíveis de descortinar, tal o fluxo de capitais, acções e spgs disseminadas por paraisos e off-shores -, garante um banco capitalizado e com um "reset" realizado ao qual o sr. ricardo amorim devia 1,5 mil milhões de Euros, de um empréstimo que o tornou no homem mais rico do país.

- Durante o processo de "recuperação" do BPN e do "salvamento" de cavaco, da injuria publica, que seria tornar-se o 1.º presidente da República a ir de "cana", nem por  uma vez, se pensou em investigar o empréstimo de amorim, em que termos foi aprovado e para que tipo de operação. Estamos perante o que mais não terá sido - isto digo eu - que uma operação para descapitalizar o banco, antes que ele caísse de vez nas mãos do estado. A descapitalização poderia ter sido feita através da distribuição de dividendos, mas como isso seria muito "vergonhoso", tendo em conta a situação que se conhecia, estes cérebros de sanguessuga lá decidiram fazê-lo através de um suposto empréstimo, transferindo para o sr. amorim (o que ele lhes fez depois não sabemos, nem saberemos tão cedo) o que haveria ainda de sólido nos activos daquele Banco. Para além dos 8 milhões, adicionem-lhe mais 1.5 mil milhões extraídos do banca, desta forma, uma vez que tal empréstimo impediu o estado, aquando da nacionalização, de se apropriar de mais esse activo, ou, em ultima análise, foi o estado que honrou esse empréstimo. É nisto que o centrão se junta.

-  Em virtude do passo anterior, a alienação do BPN coube que nem uma luva a quem o comprou. Ou seja, BIC e amorim, garantiram a possibilidade de apagarem e controlarem completamente todo o processo de mega fraude que foi o BPN. Assim garantindo o branqueamento do roubo descarado de milhares de milhões de Euros a clientes, ao estado e à segurança social (que perdeu 800.000.000 de euros).

Para além destes importantes factores, que comprovam a dimensão da extorsão de que somos alvo e a falta de controlo, decoro e qualquer principio ético, por parte dos nossos capitalistas e seus lacaios governamentais (nesta republica das bananas funciona tudo ao contrário, o rei é que é lacaio - por rei leia-se 1.º ministro e seus comparsas), ficamos também a saber um conjunto de outras coisas:

1.º Para a direita e para os ultra-liberais (estes não os classifico de direita porque para mim esta gente está, ainda, em estado selvagem), o estado só é "gastador" e "despesista", quando se trata de serviços públicos e funções sociais. O dinheiro para, as PPP's (mais de 1.6 mil milhões de Euros), as rendas da EDP, o dinheiro e perdões fiscais para a banca, as dezenas de motoristas assessores e outros "amigos" do gabinete de passos coelho, etc., só estes é que não entra nas contas do déficit.

2. Para os ultra-liberais, cavacos e afins, a sociedade humana ainda está numa fase de ausência de contrato social, ou então, nos seus primórdios, nomeadamente, num estádio evolutivo, no qual o estado de direito não existe, nem a justiça se aplica, universalmente, a todos os seres humanos

3. Chega a parecer penoso que o PS de seguro, perante tal descalabro do estado de direito, do estado social e perante o que chamo de "golpe de estado encapotado" que implicará, a curto prazo, se não o travarmos, uma mudança de regime politico, da democracia para a ditadura austeritária e monetarista conservadora-liberal, dizia eu, é ultrajante que o aparelho do PS, como partido de esquerda que diz ser, não se mobilize para a luta, para a denúncia e para a rejeição desta situação. O que é que os impede? Quais as amarras que o prendem?

Esta situação torna-me pessimista, mas ao mesmo tempo aumenta a minha rebeldia. Nunca como antes, o nosso país necessitou do contributo daquela meia dúzia de pessoas que sabem o que andam cá a fazer e e percebem como funciona a sociedade. O que me prova esta situação é que, de facto, há demasiada gente que não sabe que papel há-de assumir enquanto ser humano. Mais, muitos, nem sabem que têm de assumir um papel. Quem sofre é a democracia, dominada e violada por aqueles que, mantendo o poder, se alimentam da falta de consciência democrática dos demais.

Poucos, mas bons...A luta nunca foi tão necessária como agora.

vitor andrade...o insustentável "Homo contabilisticus"

Há uns dias, aquando das discussões sobre a idade da reforma e da segurança social, um esbirro ultra liberal do jornal expresso e revista exame, de seu nome vitor andrade, colocava em causa o problema da sustentabilidade do sistema de segurança social.

Então, este "guarda livros (sem ofensa para a digna classe)" normalizado, apelidado de "economista" - uma espécie de pequeno em bicos de pés - discutia com o apático jornalista se era possível, ou não, manter tal sistema a funcionar. Tanga para aqui, chavão ultra-liberal para ali, vitor andrade concluía a ideia dizendo, o que já ouvimos vezes sem conta: "a segurança social, tal como está, não é sustentável". 

O senhor pivot jornalista, num assomo de dignidade profissional - na medida exacta da permissão que lhe é conferida - questionou o "iluminado" comentador de economia, dizendo: "Mas a segurança social é uma coisa boa, não estaremos a colocá-la em causa"?

Eis que vitor andrade, após um primeiro impulso urticário, ao qual os seus arquétipos de programação informática ultra liberal não serão alheios, decide responder: "não sei se a segurança social é uma coisa boa"... "Pelo menos não é sustentável, e deveria de o ser".

Já nem questiono como é que se pode não classificar de"boa" uma coisa que tão bem tem feito ao povo. Claro, num mundo de números... Mas... Nunca uma simples expressão exprimiu tão bem a forma de pensar de toda uma classe. Nunca um simples resposta foi tão reveladora das crenças, inconfessadas, de toda uma estirpe de "financeiros" mascarados de economistas, academicamente programados para verem números onde deveriam ver pessoas.

A norma técnica ISO ULTRA LIBERAL S/ cérebro

Normalização fisionómica

Várias traços identitários se podem retirar da expressão de vitor andrade. Bem, não me refiro a traços fisionómicos absolutamente padronizados, qual ordem religiosa ultra radical. O fato azul da carris, fardamento que, provavelmente, é imposto por alguma ordem monetária secreta - uma espécie de maçonaria, não de pedreiros livres, mas de financeiros intelectualmente aprisionados.

A ausência de barba é outra das regras "normalizadas" deste tipo de agente financeiro. Afinal, a barba, poderia distingui-los dos demais. Uns teriam, outros não. Portanto, numa estirpe "normalizada", a opção barba crescida constitui, claramente, uma "não conformidade" ou uma "acção carecida de melhoria", para aplicar aqui o jargão técnico da "consultoria" de gestão.

O cabelinho aparadinho, nem muito curto, nem muito grande (não confundir com a norma técnica ISO Conservador - cabelo lambido, sapato "mocassim", etc.). O cabelo normalizado segundo a norma técnica ISO Ultra-liberal sem cérebro é outra das características, desta ordem secreta bem à vista de todos.

Normalização conceptual

Mas como dizia, não era da normalização fisionómica que queria tratar. O que me referia era, isso sim, às características intelectuais programadas nestes espécimes antropomórficos "light", desenhados para serem "sustentáveis" mas que nos saem bem caros,  como é o caso de vitor andrade.

Assim, de acordo com a normalização que nos vai sendo possível identificar, visto que devido, possivelmente, aos direitos de propriedade industrial, as especificações se mantêm secretas, há várias prescrições técnicas a que estes ultra-liberais correspondem:

  • A sustentabilidade financeira presente enquanto critério fundamental para determinação das opções sociais. Ou seja, só se pode fazer ou manter o que, numa análise friamente desumana, é sustentável no curto prazo, ou mesmo, no próprio presente.
Segundo esta série de seres antropomórficos, desenhados pelo grande capital para nos gerirem as contas e o dinheiro,  as escolhas que uma sociedade pode ou não fazer, não têm a ver com critério civilizacionais, humanos, democráticos, etc. Têm a ver com critérios de sustentabilidade financeira no presente.

É por isto que para vitor andrade a segurança social não é "boa" simplesmente porque, no seu ponto de vista, não é "sustentável". Bem, a sustentabilidade depende, como sabemos, das escolhas que uma sociedade democrática deve fazer para definir a forma como a riqueza é distribuída.

Vale a pena, ou não, sustentar a segurança social? Esta é que é a questão. Se vale a pena, pelo que a mesma significa, a questão seguinte que qualquer pensador racional colocaria seria: "como produzimos a riqueza para isso"? E daqui passaríamos às politicas de emprego, natalidade, distribuição da riqueza... Tudo no sentido de tornar a segurança social sustentável no presente e no futuro.

Contudo, esta linha de pensamento, segundo a qual a sustentabilidade é "o" critério, é uma linha absolutamente castradora. Quer dizer, se formos aplicar este critério a tudo, imaginem onde estava a história humana. Afinal, todo o investimento seria insustentável no presente. Investe-se, no sentido de se prever um sustentabilidade futura. Arrisca-se, aposta-se, avança-se porque se acredita que se podem criar as condições de sustentabilidade futuras. Ora, esta problemática leva-nos à especificação seguinte do pensamento ultra liberal:

  • A sustentabilidade não pode ser conseguida à custa do capital económico e financeiro privado. Não vale a pena dizermos que se pode conseguir dinheiro tributando a bolsa, as grandes fortunas, redistribuindo a riqueza...Para alguém em cujo padrão mental só entram as operações económicas tendentes à acumulação e concentração de riqueza numa elite, não vale a pena dizer que, é a justiça social que determina a necessidade de distribuição de riqueza. 
Estes animais antropomórficos não integram nenhuma componente social na gestão económica. Para eles a gestão económica é puramente matemática, distante das necessidades humanas. Para esta gente a economia não serve como ciência que se destina à gestão dos recursos escassos com vista à satisfação das necessidades materiais humanas. Para eles a economia não é mais do que a ciência que permite direccionar os recursos escassos para um único pólo de concentração, independentemente das necessidades materiais humanas.

Não vale a pena falar de humanização da economia, não vale a pena dizer que, primeiro a sociedade, democraticamente, escolhe como quer afectar a sua riqueza e depois a função da economia é garantir que os recursos existentes são geridos, produzidos, distribuídos, em função dessas escolhas. Para o "normalizado" ultra-liberal,  a escolha é sempre do capital, nunca do povo. Tal assunção leva-nos à norma seguinte do seu pensamento selvático:

  • A gestão financeira do capital privado não deve ser influenciada por critérios democráticos. Esta é a razão pela qual o sr. cavaco suspende a constituição. Esta é a razão pela qual o resgate do FMI não é mais do que um plano de extorsão. Esta é razão pela qual o governo quer um pacto governamental que limite a acção de governos futuros. Esta é a razão por que se mutila o povo do seu direito à verdade.
O objectivo é muito claro. Para esta gente, que se considera "pragmática" e "realista", o povo não sabe o que quer. Logo, não está apto a fazer as melhores escolhas. Nessa perspectiva, tudo vale para o enganar e manter na ignorância. Segundo eles, o povo que os legitima tem de ser protegido de si próprio.

A ideia de que em democracia é o povo quem escolhe o seu destino, não lhes cabe no padrão mental. A sua programação não lhes permite qualquer tipo de flexibilidade mental. A sociedade tem que funcionar numa lógica economicista, tendente à acumulação e apropriação de riqueza por uma elite. A isso chamam de "bom ambiente de negócios", mesmo que tal "ambiente" não mais consista do que num retrocesso civilizacional. Mas, para tal androide, não vale a pena falar de civilização, de progresso, de avanço. A resposta é sempre a mesma...Tem de ser sustentável, mas nunca à conta do capital, o que equivale a dizer: "não há possibilidade de escolha".

O novo paradigma

A esta pescadinha de rabo na boca, a esta lei da selva, a esta anarquia financeira, chamam esta gente de "nova ordem" ou "novo paradigma". A falta de sentido histórico, a falta de cultura filosófica, a falta de sentimento e inteligência, faz com que esta gente, colocada no poder, nos faça embarcar na destruição de todos os resquícios de solidariedade, fraternidade, humanismo,  justiça social, liberdade.

A proposta que nos fazem é a de que, o mundo tem de ser como é. Ou seja, apresentam-nos uma perspectiva absolutamente niilista, abandonando qualquer tendência construtivista que se pudesse querer implantar.

Daí que, para esta gente, regenaradora dos tempos de fausto e ostentação absurda de uns contra a pobreza mais miserável de outros, não haja outro caminho possível, uma vez que não se pode tocar no capital da elite financeira.

Estes senhores regeneram, igualmente, a antiga ideia de que era "deus" quem tinha feito a sociedade como era. Com uma diferença, para estes seres, foram os "mercados" que a fizeram asim. E tal como sucedia com deus, o que os "mercados" fazem, o homem não muda.

E a resposta é sempre a mesma..."O que querem fazer"? "São estas as regras impostas pelos mercados"! Nem vale a pena dizer que o feudalismo, a escravatura também era considerados sistemas imutáveis. Mas os homens, o povo, mudaram-nos. É isto que mais os aflige. É isto que mais os torna desumanos. Só uma máquina se peocuparia com a evolução humana. Só um robot se preocuparia com a mudança de paradigma. Só um ser programado é incapaz de aceitar uma saída para qualquer tipo de situação.

Tal como estes espécimes olham para a sociedade numa perspectiva puramente contabilística, vitor andrade não sabe que a economia surgiu para a judar as pessoas. Não o contrário.

Daí que a democracia lhe pareça insustentável. Daí que o humanismo deve de ser trocado pelo "financeirismo". Daí que em vez de "homo sapiens sapiens", vitor andrade seja apenas um "homo contabilisticus".

Por falar de sustentabilidade...Até quando vamos continuar a sustentar isto? Não somos nós que somos insustentáveis, são eles.


P.S. sr. vitor andrade, faça-nos um favor, deixe de nos tentar formatar o pensamento logo pela manhã. Acordar e vê-lo a falar, dá-me vontade de voltar para a cama. Para o bem do país...deixe-me ter vontade de ir trabalhar.


Afinal a ancestral guerra Homens/máquinas é verdadeira.

The War you don't see ( A guerra que não vês)


John Pilger no seu melhor. Um filme sobre o papel da comunicação social na guerra. O seu assumido papel de manipulação. Para estes governos, o povo e a opinião pública é uma ameaça. Então, como sempre, fazendo o que não se deve fazer em democracia, os governos mentem. Mentem para se protegerem do povo que, em certa medida, os legitimou. A mentira como forma de alienação. A comunicação social como instrumento de alienação.

É sobre a guerra, mas poderia ser sobre a economia ultra-liberal. O principio é sempre o mesmo. Manipular para enganar. Um must.

VAMPIR"aco" Silva

O dano é muito, muito, muito, muito, muito, muito, muito, muito, muito, muito, muito, muito maior...

Foi assim que ex-"acabado" silva se referiu ao dano que um chumbo do Tribunal Constitucional ao OE 2014 provocaria ao país. Até parecia que se tinha engasgado, tal a quantidade de "muito" que saíram da sua ensaguentada boca.

Por outro lado, também é crível que, ao invés de se ter enganado, cavaco possa, simplesmente, ter-se esquecido do que ia dizer a seguir. Afinal a arteriosclerose não perdoa os mais velhinhos. O que sucedeu foi que o "cota" silva começou a falar e quando entrou no "muito", esqueceu-se do que ia dizer e ficou ali engasgado a remoer no que haveria de dizer a seguir.

Já não é nada crível que a razão, para que cavaco tenha atribuído tanta ênfase ao prejuízo "muito, muito, muito, muito,etc, maior", tenha a ver com os cálculos que o sr "prrllleresidente" possa ter realizado para se inteirar da dimensão do prejuízo do possível chumbo do TC ao OE2014. Não...Não é esta a forma de trabalhar desta gente. Esta gente é mais propagandista.

De qualquer forma, esta declaração do sr. cavaco é muito esclarecedora. A vários níveis.

Primeiro, mostra que, para esta gente a Constituição está suspensa e com ela, está suspensa a democracia, a igualdade, os direitos fundamentais e, agora já se percebe a intromissão do ministro machete, até o principio da separação de poderes está suspenso.

Segundo, a declaração do sr. cavaco, vampiro e criador de vampiros de longa data (rendeiro, lima, loureiro), mostra que não é a constituição que ele jurou aplicar e fazer cumprir. Porventura, na sua cabeça afectada pela esclerose, cavaco confundiu-se e achou que o que jurou, aquando da tomada de posse, foi antes,  não aplicar e suspender a aplicação da Constituição.

 Terceiro, desde quando é que cavaco tem poderes para avaliar, determinar e julgar, com efeitos "erga omnes" se em determinada situação vale, ou não vale a pena, suspender a Constituição. Aliás, mais uma vez se esclarece que, para o sr. cavaco e seus apaniguados, actualmente vivemos numa espécie de estado marcial. Ou seja, perante uma agressão o estado teve de aplicar  a lei marcial, com suspensão do próprio estado de direito.

A imposição de uma lei marcial

Bem, esta situação da lei marcial tem muito que se lhe diga. É que o ataque que vampiros como cavaco, passos, lagarte, barroso e outros que tais, fazem constantemente ao Tribunal Constitucional e à CRP, mostra que, para esta gente, de facto, em Portugal tem de vigorar uma lei marcial.

Bem, mas se se aplicasse uma lei marcial para nos defender de uma agressão externa....Isso justificaria a expressão de que, de facto, estamos a ser alvo de um pacto de agressão ao nosso pais. Mas não. A agressão de que esta vampirada se queixa é a agressão do próprio povo Português. Para estes senhores, a agressão vem de dentro. A agressão vem do povo, dos desempregados, dos trabalhadores, dos comunas e de todos aqueles que não se resignam e se rebaixam contra a suspensão "sine die" do seu direito à existência.

Então, em consequência, a lei marcial que estes senhores querem impor, nada mais é do que a lei da selva, mascarada de "marcial". Ou seja, contra as leis do estado de direito democrático, resultante da Constituição de 76, que nos civilizam, estes senhores querem impor a lei da selva, em que reina o mais forte, ou seja, os "mercados", os "investidores", os "empreendedores". Para isso, dizem que o país está em estado de necessidade, uma espécie de estado de sítio, que justifica a aplicação de uma lei marcial, que mais não é do que uma ausência de lei.

Proteger o país do povo e da democracia

O mais grave é que defendem esta ausência de lei, típica de fora-da-lei, dizendo que é para defender o país...Mas não dizem de quem é que o querem defender. Agora, depois do aterosclerótico discurso de cavaco, sabemos que o querem é defender o país do povo e da democracia.

Poderiam dizer que o queriam defender dos "mercados", mas tal significaria que reconhecem os "mercados" como agentes malignos. Ao mesmo tempo estariam a reconhecer como malignos todos os agentes associados, como o FMI, BCE, UE...

Isto eles não fazem, não é? Ora, se o país é literalmente atacado pelo capital internacional, pelos enormes grupos económicos, nacionais e estrangeiros que constituem os "mercados" e os nossos "des"governantes não os vêem como perniciosos, pelo contrário...Só resta a hipótese anterior. Para esta gente, perniciosos somos nós.

"Que bom seria que Portugal não tivesse lá gente"! Pensa cavaco. Poderia roubar, enganar, manipular, defraudar à vontade sem que ninguém lhe perguntasse: "Porque é que o sr. cavaco não está preso"?

Ele responderia: "eu nunca tive nada a ver com o BPN"! E nada mais se ouviria.

Pois... À parte da SLN, do Dias Loureiro...Que bom seria que não se tivesse de explicar a ninguém.

Portanto, meus caros, das duas uma. Ou estão eles a mais, ou estamos nós a mais. O que não pode acontecer é que nos queiram impor uma lei marcial que serve , segundo cavaco, passos e outros, para nos defendermos de nós próprios, contra a agressão que nos querem infligir. Confuso? Não, é só abrir os olhos.

OE 2014 - a vampirada mor

"A banca portuguesa está com muitas dificuldades, tem milhões de prejuízo todos os anos". Esta foi a justificação que o vampiro arnaut arranjou para explicar o facto de a banca portuguesa apenas contribuir com 50 milhões de euros (por oposição aos 800 milhões dos reformados da CGA) para o Orçamento de 2014.

Com a ofensiva e pornográfica desproporção à vista, a sangessuga arnaut, no seu frente a frente na sic noticias, optou por explicar esta falta de vergonha com a pena que sente da banca portuguesa. 

Eu tenho pena que, a pena que arnaut tem da banca não se reflicta, minimamente, em qualquer acrescento financeiro para os reformados e pensionistas da CGA. Poderíamos ser levados a pensar que, como arnaut tem pena da banca pelos milhões de prejuízo que a banca dá, o seu sentimento em relação ao prejuízo astronómico que qualquer cidadão português tem com este governo, se reflectisse em compreensão, em justiça, compaixão e honestidade da sua parte. Puro engano. Pura perda de tempo!

A ideia de que não pode tirar mais do 50 milhões à banca, mas pode tirar 800 milhões aos reformados da CGA, é imagem de marca deste vampírico governo que nos calhou em azar. E o problema maior de todos é que, depois de nos sugarem todo o sangue monetário que podiam, depois de colocarem na banca 21 mil milhões de euros, estas sanguessugas ainda acham que o povo está mais rico do que a banca.

Aliás, contentemos-nos por, na visão de arnaut, que ontem se assumiu como porta vez deste "dracúleo" desgoverno, os reformados da CGA serem 16 vezes mais ricos do que a banca nacional. Se esta pretensa riqueza não resultar em qualquer acrescentamento nos nossos bolsos, pelo menos saberemos como conquistar a "dracúlea" capacidade de compreensão deste governo, pelas dificuldades alheias.

Assim, teremos de fazer coisas como:

- lavar dinheiro em off shores  como faz o ricardo salgado
- esquecer-nos de colocar 8,5 milhões na declaração de IRS
- comprar uma colecçãod e obras de arte no valor de 60 milhões como o rendeiro
- ficar a dever 1,5 milhões ao BPN como o amorim
- possuir uma colecçãod e carros no valor de 50 milhões como o horta e costa
- fugir para cabo verde como o dias loureira
- matar uma velhota a tiro como o duarte lima
- gastar 21 mil milhões de euros dos contribuintes em não se sabe bem o quê
- receber milhões de comissão em submarinos alemães como o portas

É, se conseguirem fazer estas coisas, tenho a certeza de que conseguiram conquistar as boas graças deste governo. Ou seja, sejamos burlões, fraudulentos, aldrabões, ladrões e uns grandes ****ões que os arnauts deste mundo  garantirão que nada vos acontece.

É esta a receita, aprendam

Notícias da "Vampirada"





Milagre, Milagre, Milagre….

Afinal, ainda acontecem milagres. Isto deve agradar sobremaneira ao Papa Chico e aos adeptos das visões de Fátima. É claro que não se trata de um dos segredos de Fátima, mas, mesmo assim, constatei o acontecimento de mais um milagre em solo nacional. E este, meus caros, este, nem Deus nosso senhor poderia adivinhar.

João rendeiro, grande banqueiro, gestor, investidor, empresário, empreendedor, conhecido assaltante de milhares – senão milhões – de bolsos e bolsas, mais eficaz do que o “gang do Multibanco” todo junto, senhor de elevadíssimos padrões morais e éticos, prossecutor de profundíssimos princípios como “mais vale um pássaro não mão…” Ou, “o que é meu é meu, o que é teu é nosso”, este senhor, espécime da mais alta estirpe vampírica nacional, finalmente, e como que por milagre, foi acusado do crime de burla qualificada.

Burla qualificada? Burla é o crime típico dos financeiros e, regra geral, em Portugal, a não ser para salvar o portas (com braga gonçalves da moderna) ou, o caso de vale e azevedo, nenhuma figurona era, sequer, constituída arguida.

É claro que já estou a ouvir uma infinidade de gente, conhecida de todos nós, a vir para a televisão atestar a “honorabilidade”, a “hombridade”, a “incorruptibilidade” e a “competência” de rendeiro. Será uma chuva de gente a dizer que colocaria a cabeça no cepo por rendeiro, se disso dependesse a sua salvação. Todos eles o fazem apenas com uma preocupação em mente – o medo de que o precedente se alargue às suas pessoas. Ou seja, têm medo de ser presos.

Imaginem que, por cada pilha galinhas que fosse preso, acusado ou constituído arguido, , uma infinidade de pessoas do mesmo estatuto social, aparecesse na comunicação social a defender a sua honradez. Imaginem que, um traficante de droga é preso e, nesse mesmo dia, as televisões desse país iam entrevistar, questionar e pedir para opinar, um conjunto de colegas de profissão. O que diriam eles do seu colega traficante? Diriam que era traficante? Ou diriam que a justiça é “injusta” e que o visado é “bom rapaz”, ordeiro e cumpridor?

É por isso que, a constituição como arguido de joão rendeiro, constitui um verdadeiro milagre no quadro judicial nacional. Desde quando é que se pensou ser “cientificamente” possível um ex-presidente da cmvm, o ex-presidente de um banco (BPP), um presidente de fundações (Ellipse e luso-brasileira), alguém da mais alta estirpe burguesa e mercantil, ser objecto de um processo criminal? Só em milagres…Só em milagres.

Vamos ver o que dá…espero que não seja como o de Fátima.


A sujidade da “manch”…ete.

O cheiro pútrido e pungente, de cadáver em avançado estado de decomposição, que emana de rui machete e de tudo o que ele representa, é a prova viva – ou, antes, morta – do que expus no comentário anterior.

Todos conhecemos a rábula da “inverdade”, imprecisão, omissão, esquecimento, que sucedeu no caso machete/BPN. Todos percebemos que o que passou foi que, como carta de apresentação ao povo, este ministro decidiu dar um cheirinho de mentira e falsidade. Cheirinho esse que já havia deixado o seu odor, na rábula do CV, do qual, tinham sido apagadas a menção às suas actividades no âmbito do BPN.

Este ministro de cavaco estava devidamente apresentado. Era mais um congénere de outros protegidos do pobre professor reformado. Casos como lima duarte, dias loureiro ou rendeiro vieram-nos imediatamente à memória, como exemplos do zelo de cavaco pela agregação à sua volta dos profissionais e políticos mais capazes. Pelo menos, os mais capazes de extorquir o erário publico, em benefício dos grupos económicos.

Depois de, um após outro, aos poucos, à custa de muito milagre, água benta e não pouca-vergonha, um ter caído atrás do outro (o duarte lima até aos tiros andou), machete teve uma segunda oportunidade de reabilitar.  Mas isto de se ser cleptomaníaco, que o diga o vale e azevedo, custa a passar. Já a mitomania também deve ser difícil de tratar, ainda mais num pais destes e com um governo dominado por mitómanos.

Desta forma, podemos designar o retorno de Machete como o retorno do filho pródigo. Ou seja, num governo de mentirosos, retorna para governar um outro mentiroso. E a compulsividade   mitomaníaca de Machete é de tal forma intrincada que ele sai de uma mentira e mete-se logo noutra.

Agora foi em Angola. Não só violou o segredo de justiça, como violou o principio da separação de poderes, como mentiu ao dizer que consultou a procuradora geral do ministério publico, como mentiu, em Portugal ao dizer que na entrevista em causa tinha, ele próprio, chamado à atenção para o segredo de justiça. Ora, aí está uma coisa que, mesmo após 3989 audições da referida entrevista, eu não consegui ouvir, nem num “ruidito” de fundo. Portanto, a mitomania de machete também lhe dá para o fantástico.

Por fim, como se não fossem mentiras que chegassem, ainda pediu desculpa a alguns angolanos, assim da sua laia, por o estado Português estar a cumprir o seu papel de estado de direito ao investigar judicialmente alguns criminosos. É demais.

Demais, demais ainda, é o passos coelho vir dizer que o ministro nada fez de mal. Bem, num governo de mitómanos, de mentirosos compulsivos, esta declaração de coelho dá-me um certo conforto. É que pela primeira vez algo que o passos coelho diz tem um sabor a verdade. É que como mente sempre, quando ele diz que o ministro nada fez de grave que mereça a demissão, mais uma vez ele está a mentir. Ou seja, para passos é claro que machete fez muito mal. Apenas não é possível a passos reconhecê-lo. Então, como mitómano que é, resta-lhe mentir.

Isto tresanda a sério!


França lança aviso sério à democracia europeia!

Há coisas que esta cambada de ultra liberais, selvagens financeiros, guarda-livros empedernidos e economistas anti-sociais ainda não entenderam. Esta onda de concentração de riqueza, de extorsão social e de apropriação do erário publico pelos grupos económicos que geram pobreza, miséria e desigualdade, ou se inverte ou, não tenham qualquer dúvida, vai custar-nos a democracia e a liberdade.

Quando um regime não responde às necessidades do povo, haverá sempre quem seja perito em explorar a amargura do sentimento de impotência, daqueles que estão fragilizados demais para lutar.

Este aviso, que para quem cá não anda a dormir, ou ocupado a extorquir para enriquecer alguém, tem um sabor a história e apresenta-se quase como um dejá-vu.

A verdade é que em França a Frente Nacional, partido de extrema-direita, ganhou eleições locais em Brignoles. Já quanto às eleições europeias, este partido aparece como muito bem colocado. Isto, meus caros, é extremamente preocupante e não podemos deixar de imputar responsabilidades aos “holandês” deste mundo.

Holande, quando foi eleito, fazia e acontecia. Era um tal de falar grosso à Merkel. A Europa ia mudar, pensavam os socialistas da “terceira via”.  “Agora vai haver mais equilíbrio”,  dizia-se por essa Europa fora.

Esta vitória da extrema direita em França dá-nos a resposta às questões que possamos colocar sobre a politica de Holande. Austeridade, miséria, destruição do estado e dos serviços públicos, foi isto que Holande representou. Mas representou mais…Representou a falência dos partidos do centro e perante tal falência, com o colapso dos sistema politico quem ganha são os populistas e os demagogos.

Ou, todos juntos, conseguimos criar uma alternativa humanista e libertária, ou isto vai custar-nos caro, muito caro.

Pontes para o futuro? Ou para o passado?


Bem... Depois do mais que provável chumbo do governo - usando o chapéu do Sistema de Segurança Interna - à marcha da CGTP-IN, muita água irá, ainda, correr debaixo da ponte. Nunca se aplicou tão bem esta expressão idiomática.

Depois das feijoadas, das maratonas, meias maratonas, mini maratonas e outras festas que tais, eis que o governo da republica encontra, finalmente, um evento para o qual a ponte não serve. Já se tinha feito lá de tudo, só faltava fazer uma manifestação. Eis aqui, finalmente, um evento para o qual a ponte não reúne condições de segurança.

Quer dizer...A ponte serve para lá passar o passos coelho, serve para lá passar o cavaco, o portas, machete e outros que tais, mas para passar o povo em marcha...Isso é mais complicado. Como diz o outro...Tem o acesso bloqueado. Bem, na sequência dos cortes governamentais na nossa bolsa, cortaram-nos também o direito a passar na ponte a pé e a andar. Se calhar, se fosse a correr...ou a pedalar...

Claro que agora, especulativamente, podemos levantar algumas questões: E se, em vez da CGTP-IN, a marcha fosse marcada pela EDP, Continente, BCP, GALP? Ou, e se em vez de ser uma organização dos trabalhadores - a CGTP-IN - fosse uma organização capitalista ou mais elitista? Ou, imagine-se, que a AMI, a Fundação José Manuel dos Santos e o banco alimentar da senhora jeunet marcavam uma marcha contra a "pobreza e a fome"? Aceitaria o governo? Talvez...Não é? E então se tivesse lá o patrocínio da Santa Casa...

Bem...Se calhar deveria chamar-se o mexia, ou o bava, ou o belmiro (não sei se o catroga ainda aguentaria). Um destes tipos, aliado a uma marcha pedonal sob a égide da cidadania, ambiente e responsabilidade social...Meus caros, assim até o passos pegava na bandeira.  Ou então, chama-se o livro do Guinness e diz-se que se vai montar, com a senhora jeunet, a maior sopa dos pobres do mundo. Ah... com o portas como cozinheiro.

Haveriam muitas iniciativas com enquadramento de segurança na ponte. Agora, uma marcha da CGTP-IN? Nem pensar. E passos pensa: "a CGTP-IN a fazer uma marcha numa ponte que já teve o nome  do meu adorado ídolo"? "Nem pensar"!

Diz o SSI que o grande problema está relacionado com o número de pessoas que estarão presentes.Mas o que é que o SSI pensa que é a CGTP-IN? O IEFP que não se consegue certificar quanto ao número real de desempregados? Ou o gaspar que não consegue acertar em número nenhum? Ou a Ministra das finanças que não sabe se sabe o quanto sabe sobre os swaps de que nada diz saber? Ou o machete que não sabe quantas acções da SLN e BPN tem?

É verdade que é difícil estabelecer quantas pessoas irão estar no tabuleiro da ponte. Pudera. Depois do que este governo tem desgovernado... Deve ser uma contabilização difícil de fazer, pois já não podem culpar apenas os 10% de comunas. Têm que adicionar mais umas quantas dezenas percentuais. As autárquicas que o digam.

Por outro lado, acho que mesmo o melhor é fechar a ponte para sempre, uma vez que não sabemos, dia a dia, quantos carros é que vão cruzar a ponte, por decisão dos seus condutores claro. Sendo impossível essa contabilização, não julgo estarem reunidas as condições de segurança. Não acham?

Bem, para a CGTP-IN, claramente a ponte não pode constituir "uma passagem para a outra margem". Será, a ponto, apenas "uma miragem"?

Num governo bloqueado, emparedado e desconjuntado, de facto, não faz sentido nenhum falar de pontes. Muito menos pontes por abril. Para o governo de passos e portas apenas se podem erguer barreiras entre abril e o presente. POntes? para eles pontes só para Março de 74. É a única ponte que procuram...a ponte oliveira salazar.

E nós? Nós? Nós queremos a ponte por Abril...não é? A ponte 25 de Abril.

Todos à ponte.




Noticiário dos dias das trevas

Hoje, optei por fazer uma espécie de noticiário, ao invés de um artigo mais extenso e reflexivo. Assim, passada mais uma semana difícil, farei um apanhado de algumas notícias - não interessa a sua importância relativa face as demais - que fui juntando ao longo dos últimos dias. Todas elas, inquestionavelmente, têm o mérito de denunciar da forma mais transparente possível, a degradação ética, moral, intelectual e politica a que os poderes reinantes chegaram. Assim, começo pelos mais recentes:


Economia "Livre" vs "Dirigida"

Ontem, dia 03 de Outubro de 2013, num frente a frente entre António Filipe e Matos Correia, discutiu-se a fusão da OI/PT (entre outras coisas). A determinada altura, perante a preocupação manifestada pelo deputado António Filipe, sobre as consequências de tal fusão para o país, visto tratar-se de uma empresa estratégica, eis que o deputado Matos Coreia responde:  "E o que quer que o governo faça? Nós não vivemos numa economia dirigida"!?! António Filipe respondeu: "pois é...mas é pena"!

E agora pergunto eu: "será mesmo que não vivemos  numa economia dirigida"? A questão que aqui se pode colocar é: "dirigida por e para quem"?

Vejamos...Então os bancos receberam da UE, desde 2008, 4,5 biliões de euros. Isto é próprio de uma economia "liberal"? O BCE aplica aos bancos, nos empréstimos que lhes faculta, uma taxa de 0,25%. Estes mesmos bancos, emprestam aos estados membros da UE a 2,5%, 7%, 6%...Isto é próprio de uma economia "liberal"? As PPP's das estradas em Portugal garantem, à conta do erário público, uma rentabilidade fixa não inferior a 13%. Quando dá menos, o estado compensa, quando dá mais, o estado nada recebe em troca. Isto é próprio de uma economia "liberal"? O estado Português vende a EDP aos chineses e garante-lhes à partida as rendas das barragens e outras infra-estruturas. A esta mesma EDP, nós, portugueses, pagamos todos os meses na factura, uma verba para que esta mantenha o seu investimento em renováveis porque isso é bom para o país. Isto é próprio de uma economia "liberal"? Os mercados de combustíveis cartelizam-se de forma  a desvirtuar a cconcorrência, tal como o fazem os hipermercados e todos os grandes grupos económicos, monopolistas ou oligopolistas. O governo diz que a concorrência está garantida. Isto é próprio de uma economia "liberal"?

Não, a nossa economia é planificada, só que em vez de ser planificada de acordo com as regras do interesse publico, de redistribuição de riqueza, etc, é planificada pelos e para os grandes grupos económicos e numa perspectiva de acumulação e concentração de riqueza. Não se mexe na PT porque não se mexe com os grupos económicos. Não é porque não se possa ou porque tal não seja aconselhável.

O buraco sem fundo

4,5 biliões de euros depois, 20 mil milhões em Portugal e ainda a contar (o mesmo montante que vamos receber de fundos estruturais no período 14-20), taxas de IRC a 13%, isenções e perdões fiscais sem conta... Para quê? Para a banca. Para quê? para que a banca despeça 8.000 funcionários até 2017. Então o dinheiro não tinha sido para recuperar o sistema financeiro, não fosse ele cair aos bocados? Então onde está esse dinheiro?

Quanto teia o estado, e todos nós, poupado se, ao invés de aplicar dinheiro num poço sem fundo, na magia dos Ulriques e companhia, o estado tem garantido o dinheiro dos depositantes, deixando os bancos sem solidez afundar-se? Agora, pagámos milhares de milhões de euros, despedem-se milhares de trabalhadores e a seguir comem-se os depósitos da classe média alta e das PME's.

Não deixa é de ter piada que, entre os donos das PME's e os detentores de depósitos com mais de 100.000 euros estejam, precisamente e, em grande medida, os eleitores dos partidos que estão no governo. Por outro lado, os trabalhadores da banca, a determinada altura, também acharam que eram uma elite à parte. Uma espécie de aristocracia "colaboradora". Até têm o seu sindicato na UGT. Vamos ver de que é que lhes serviu, infelizmente para eles e para todos nós, tanta falta de sentido de classe. Vamos ver se o Carlos Silva é homem suficientemente descomprometido com o poder para defender estes trabalhadores. Até agora...

Resumindo, foram 21 mil milhões para os paraísos fiscais do Ulrich, da CGD (?????) e de outros tantos. Todos eles homens "sérios", "honestos", "competentes" e "desempoeirados". Ai que bandido sou eu!


Mais ajuda ou menos ajuda?

Temos de nos resolver relativamente a uma coisa: andou-se a semana toda a falar em pedir à Troika a flexibilização das metas...É mesmo isso  que é desejável? Bem, se a Troika nos quisesse ajudar, seria. Mas a Troika quer é ajudar os credores a recuperar o dinheiro. E isto não é conversa de vendedor da banha da cobra ou de trolha "à la passos coelho".

A Grécia passou por flexibilização de metas, passou por perdão nos juros, passou por reestruturação da dívida. Resultado? Está à vista. Cada flexibilização resulta em mais austeridade, em mais extorsão, em mais exploração do povo grego. Porquê? Porque os agentes da Troika são como aqueles agentes de insolvências que, acima de tudo, têm que garantir que o estado recebe o dinheiro dos impostos (a não ser que seja uma empresa de um amigo do Passos). Aqui, os agentes da Troika têm a funçãod e garantir que os credores recebem a maior quantia de dinheiro possível, nem que se mate o país.

A verdade é que, como refere o estudo da Oxfam Foudation, uma organização longe de ser marxista ou, até, de esquerda, "nenhum país se orgulhou até hoje de ter recorrido ao FMI". De acordo com o mesmo estudo, o que se esá a passar em Portugal, na Grécia, na Espanha, passou-se - não era preciso dizerem, mas sabe sempre bem - na américa latina, no sudoeste asiático, no Magrebe, na Rússia... O resultado é sempre o mesmo. Fome, miséria, empobrecimento do povo e enriquecimento das elites, a ponto de, comprovadamente, os países intervencionados estarem entre os mais desiguais do mundo.

Ao contrário da Oxfam, que atribui estes resultados à politica errada que estas organizações insistem sem seguir, para mim, a história garante-me uma coisa: As politicas destas organizações não estão erradas. São mesmo assim e são mesmo para ser assim. O recurso ao FMI, BCE e companhia equivale ao que na religião se refere por "vender a alma ao diabo". Recebe-se dinheiro em troca da extorsão e exploração desenfreada desse país.

É aqui que eu coloco...Tenhamos a coragem de assumir que o nosso futuro está no corte com esta cambada de ladrões e criminosos. Caso contrário, não teremos futuro nenhum a não ser miséria. Tenhamos a coragem de assumi-lo e de penalizar todos os que insistem nesta receita.

Mentir ou não mentir
A querela do povo português com a sua ministra das "swap"anças já entrou naquele estado de fermentação e decomposição parecido ao do Relvas. Acabará por dar os seus frutos, como deu com o "brasileiro" Relvas. Agora, descobriu-se que o Santander vendeu ao estado Português swaps especulativos que originaram perdas no valor de 1300 milhões de euros. 1% do PIB nacional foi comido pelo buraco negro dos "mercados". 9 dos swap eram "snowball" e mais 6 tinham risco elevado (eram 25 ao todo). O metro do Porto, num destes swap pagou juros de 23%.

Bem, se isto não são negócios que se perfilam na prática de gestão ruinosa ou danosa, o que serão então? Sabem porque é que continuam a existir estas bolas de neve (snowball) humanas por aí? Porque o nosso sistema judicial para além de corrupto (a corrupção é também moral não apenas material), é cobarde e extremamente corporativo. Já para não falar da sua arrogância genética. Não há solicitador em Portugal (para falar dos mais desqualificados) que não se sinta mais do que a generalidade dos mortais. Se falarmos dos juízes, advogados, bem, já se sabe porque é que a religião está em declínio. Todos eles são deuses em causa própria. Ai tanto que eu queria um Baltasar Garçon em Portugal. Só me saem teixeiras, judices e carvalhos.

Bem, não será devido à preocupação com a sobrecarga do orçamento do ministério da administração interna (com outro que tal na figura de ministro) que não se prende esta gente toda. Mas, como dizer, a ministra das finanças, o rui machete, o passos coelho não nos mentem...

Eles cometem inverdades, faltam à verdade, são imprecisos, revelam problemas de comunicação, têm um discurso pouco claro, são mal interpretados, são vítimas de descontextualização das suas ideias, mas mentir...Não, mentir parece que são incapazes de o fazer.

Ah, de acordo com um deputadozeco conhecido do PPD, só se mente quandos e fala, quando é por escrito, tal não sucede. Numa carta de rui machete ao deputado Luis Fazenda, este garantiu que não tinha acções da SLN. Então, montenegro do PPD diz que ele não mentiu porque a carta foi para um deputado e não para o parlamento. pelo menos, diz ele, machete não mentiu ao parlamento. O que, segundo montenegro, tal não se pode apelidar e "mentir".


O Nobel Obama

Os americanos, na sua cruzada contra os malditos e demoníacos muçulmanos, pelo menos aqueles que eles não conseguem meter no seu bolso, "compraram" a ONU  e o seu fantoche presidente, para aprovar sanções contra o Irão, por causa do programa Nuclear.

Então, de acordo com tais sanções há todo um conjunto de bens e mercadorias que não podem ser trasnportadas para o irão. Bem...Não é bem assim.

Se a empresa for americana, se o cliente for o pentágono e se os compradores forem os militares americanos, tudo pode acontecer. Se for para dar ao povo Irão, eles que morram. Se for para dar aos militares americanos para matarem afegãos...

Assim, um dos principais fornecedores do Pentagono, a Anham FZCO, empresa com instalações na "ultra democrática" e "humanizada" Arábia Saudita, leva as coisas por terra, através do Irão, para o Afeganistão, violando as sanções impostas pela ONU por encomenda de Obama.

Aqui está o link se quiserem comprovar:

http://online.wsj.com/article/SB10001424052702304713704579093251911750142.html

Como vêem, o que se passa no nosso rectângulo é algo que não é só nosso. É de todos. Pelo menos temos o conforto de saber que na desgraça, na mentira, na corrupção e na farsa estamos muito longe de estarmos sozinhos.

Até para a semana


P.S. de ora em diante deixarei de escrever os nomes dos nossos governantes com letra maiúscula. Para mim, tais personalidades animais não merecem a classificação de "nome próprio". São "nomes comuns", não...São nomes "rascos".