Quando o Nazi – capitalismo surge disfarçado de democracia

Num artigo de opinião, de um novo órgão de comunicação social pró-regime – O Observador – o “propagandista” José Manuel Fernandes, destila todo o seu ódio anti-CGTP-IN, anti-PCP, anti tudo o que não seja o seu seguidismo doentio em relação aos propósitos economicistas de um regime cada vez mais autocrático .Este propagandista pró-regime ultra-liberal defende a privatização do Metro, nem que seja para acabar com as greves. Faltando argumentos lógicos e racionais para as privatizações em massa, sem querer, JMF revela em toda a extensão a natureza do seu ser. Ditador economicista, disfarçado de democrata. Para eles, a democracia é tão só , o disfarce da tirania capitalista! A democracia 24 horas por dia? Nem pensar, porque durante 8 trabalhamos e nessas, o feudalismo privado é que manda! 




O Observador - mais uma ferramenta de propaganda do regime Ultra-liberal

Não seria preciso muito – e não foi – para ver que tipo de órgão é o seu “Observador”. Bastaria dar uma rápida vista de olhos pela maioria dos figurões catalogados como “especialistas”, “professores”, “politólogos”, “analistas”, para descortinar, sem margem de erro possível, qual a orientação política do mesmo. Se não fosse pelos nomes, pela forma de vestir, da farda azul ao cabelo lambido, uma população de propagandistas maioritariamente ligados à Universidade Católica, dissiparia qualquer dúvida quanto à situação geo-política face ao regime desta gente.

Mas, de entre artigos que nada trazem de novo em relação ao catálogo, pouco extenso, da oferta jornalística nacional, sempre tão limitada, tanto nas escolhas temáticas quanto na variedade de perspectivas, há um dado que devemos reter: o traço mais forte da propaganda jornalística do regime, hoje em dia, é a sua capacidade de assumir as máscaras democrática e do interesse público.

Aqui nada de novo, também. Já os EUA a utilizam desde há muito. Seja a democracia, seja a liberdade, sejam os direitos humanos, diversos são os chavões propagandísticos (tão somente) que esta geração de “censores” consegue assumir.

O regime só é contra alguns Muros...

O que há de novo então? Bem, o que há de novo é todo um contexto de manipulação de massas em curso. Depois de exaltações sem fim a propósito dos 25 anos da queda do muro de Berlim, como se mais muros não existissem (e eu por principio sou contra os muros), este José Manuel Fernandes sai-se com esta: “A privatização do Metro acabava com as greves da CGTP-IN e do PCP”!

Ou seja, à falta de argumentos racionais, lógicos, democráticos, económicos que defendam a ideia de privatização de empresas públicas como o Metro de Lisboa, utiliza-se o pretexto de que as privatizações se mais não fazem, pelo menos acabam com as greves!

O objectivo político de certas medidas económicas 

Bem, esta ideia traz em si própria um propósito muito perigoso e observável em inúmeras medidas políticas. Muitas medidas políticas são tomadas apenas e tão só, para limitar direitos democráticos (à participação, à sindicalização, à greve…), sob o disfarce da necessidade económica, da dinâmica reformista… Tudo, e tudo tão só, porque não se concorda com quem protesta!

Ora, como não se concorda, privatiza-se. E porque é que tal propagandista senhor pensa desta forma? Porque sabe que as empresas, actualmente, mais não são do que ditaduras; mais não são do que espaços em que os direitos democráticos não entram; mais não são do que espaços em que uns estão manipulados, alienados, anestesiados ou discriminados… Para esta gente, o facto de os trabalhadores não viverem as 24 horas do dia em democracia, não lhes importa, porque para eles a democracia é apenas formal, é apenas um disfarce.

A ditadura do privado sobre o público

Daí a ideia de que a privatização resolve toda a possibilidade de democractização dos locais de trabalho, obrigando os trabalhadores a viver metade das suas vidas em ditadura, mesmo quando o regime se diz democrático. E esta ideia revela em toda a sua plenitude a natureza deste regime e a linha mental desta gente: A democracia é o disfarce do seu nazismo-economicista, do seu feudalismo económico.

Não se trata aqui de julgar o José Manuel Fernandes por não estar de acordo com a greve. Para um democrata nada disso importa. O que me importa, isso sim, é que, para esta gente, a democracia só deve existir enquanto elemento formal de estado, não se estendendo à vida privada das empresas. Nesta vida privada empresarial, não há espaço para humanismos, não há espaço para democracia ou liberdade, há apenas, singelamente, o punho de ferro do interesse económico, a ordem do Nazismo-económico!

E se, para isso, tiver de se destruir a economia de um país, vendendo ao desbarato tudo o que possui… Que o seja, porque no fim, o regime permanece nas mãos de quem ele acha que tem de estar – do império do caos!

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